JPP defende que não faz sentido destruir uma das praças mais bonitas do Funchal

“Estamos a falar de um lugar (...) com dois edifícios classificados como monumentos nacionais”, referiu.

Emanuel Gaspar, professor, historiador, e militante do JPP, declarou, hoje, que não é nada indicado destruir uma das praças mais bonitas do Funchal. Posição tomada numa crítica à promessa eleitoral do ‘Funchal Sempre à Frente’ e que a Câmara está a ver se faz sentido levar por diante: um parque de estacionamento subterrâneo na Praça do Município.

Numa conferência de imprensa organizada pelo Juntos pelo Povo (JPP), esta sexta-feira, em plena Praça do Município, o docente e autor da primeira petição pública “Contra a construção do estacionamento sob a Praça do Município”, lançada há dois anos, reforçou a sua posição de sempre.

“Não faz nenhum sentido construir aqui o parque que a Câmara pretende”, reitera, para explicar as consequências nefastas se o projeto não for travado: “Estamos a falar de um lugar extremamente sensível, com dois edifícios classificados como monumentos nacionais, o Museu de Arte Sacra (antigo Paço Episcopal) e o complexo do Colégio dos Jesuítas, portanto é um lugar sensível, que terá trepidação constante e obviamente que todos estes edifícios vão sofrer não apenas do ponto de vista arquitetónico mas também as pinturas e azulejos.”

Emanuel Gaspar explica que aquele espaço nobre da cidade do Funchal foi projetado por dois grandes arquitetos portugueses, Francisco Caldeira Cabral e Raul Lino, e não tem dúvidas de que o avanço da obra iria “destruir toda a linguagem original da Praça, mesmo depois desta ser reposta”.

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