O partido ADN – Alternativa Democrática Nacional veio criticar o facto de que, a partir de amanhã dia 5 de agosto, a empresa HF – Horários do Funchal inicia uma nova rota entre o Funchal e Pico do Areeiro ao preço de 3€ por pessoa/viagem, com duas saídas do Funchal (6:30h e 13.30h) e regresso (12:15h e 19:00H).
Neste âmbito, o ADN questiona o Governo Regional se existem habitações no Pico do Areeiro ou arredores que se justifique esta nova rota de serviço “público”, quando “existem outras rotas carenciadas, nomeadamente nas zonas altas e rurais da ilha, onde populações locais carecem realmente de transporte para o Funchal.”
O partido ADN considera esta medida “extremamente gravosa para as empresas de turismo, pois estamos perante uma concorrência desleal por arte do Governo Regional, usando meios públicos para o efeito, pago por todos nós madeirenses e porto-santenses, que logicamente terá como passageiros os turistas que nos vistam, prejudicando de forma gravosa as empresas que criam postos de trabalho e pagam seus impostos, naquela que é a maior atividade económica da RAM, o Turismo.”
O ADN alerta para “o grave precedente criado”, pois “seguramente outras rotas turísticas serão abertas aos HF, tais como Rabaçal ou Caldeirão Verde (por exemplo), aniquilando por completo essas empresas que sobrevivem desta importante atividade comercial e (indiretamente) promovendo as caminhadas sem guias profissionais de montanha.”
O ADN defende que esta medida em nada irá resolver o problema existente no fluxo de turismo e respetivos automóveis ao Pico do Areeiro, mas sim agravará ainda mais essa pressão, pois além deste serviço, haverá ainda outro autocarro dos HF fazendo viagens de 15 em 15 minutos entre o Caminho Florestal e o Pico do Areeiro por 1,20€, onde supostamente os turistas deixariam as suas viaturas alugadas e seguiam de autocarro, algo que seguramente não irá suceder, pois para isso, seria sim necessário encerrar o trânsito a viaturas ligeiras, sem descriminação a rent-a-cars.
Para finalizar, o Partido ADN questiona os mentores desta ideia “se previamente tiveram o cuidado de consultar as empresas regionais que dependem deste importante sector que é o Turismo e aferir das consequências para todos os envolvidos, incluindo os cofres da RAM”.