O ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol confirmou hoje que um jornalista espanhol que estava detido pelas autoridades venezuelanas foi expulso do país depois das medidas tomadas pela diplomacia espanhola e pela embaixada espanhola em Caracas.
A notícia foi confirmada à agência EFE por fontes do ministério, que referiram que as diligências efetuadas por Madrid e Caracas relativamente à situação do jornalista ‘Cake’ Minuesa deram os seus frutos.
De acordo com o ‘OkDiario’, o meio de comunicação para o qual Minuesa trabalha, os contactos do ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol com a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros venezuelana foram bem sucedidos e o regime optou por expulsar o enviado especial, que estava detido pelas autoridades venezuelanas.
Depois de ter sido expulso, o repórter está a ser transferido para Bogotá (Colômbia) para viajar de lá para Espanha, segundo o ‘OKDiario’ e confirmado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol.
O PP e o Vox tinham pedido ao Governo espanhol que intercedesse junto do Governo venezuelano depois de terem tomado conhecimento da situação do jornalista espanhol que se tinha deslocado à Venezuela para cobrir as eleições.
O presidente do Vox, Santiago Abascal, chegou mesmo a dirigir uma carta ao Ministro dos Negócios Estrangeiros pedindo “força” nos esforços diplomáticos para exigir e obter a libertação imediata de Minuesa, que tinha sido detido pelos serviços secretos venezuelanos.
O PP também se fez eco da detenção e a sua secretária-geral, Cuca Gamarra, apelou à intervenção do Governo para garantir a libertação do jornalista e de “todos os espanhóis detidos por Maduro em defesa dos valores democráticos”, sem especificar a quem se referia.
Fontes do ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol asseguraram à EFE que não têm conhecimento de mais espanhóis detidos na Venezuela após as eleições presidenciais de domingo.
Por seu lado, o porta-voz do PP no Congresso, Miguel Tellado, também pediu na rede social X a libertação de Minuesa e acusou o regime de Maduro de querer “amordaçar” os jornalistas que contam ao mundo “os seus abusos democráticos e a realidade do que está a acontecer na Venezuela”.