A CDU esteve hoje no centro do Funchal, numa ação de contacto com trabalhadores e a população em geral para defender a atribuição do subsídio de insularidade para todos os trabalhadores da Região.
O dirigente da CDU, Ricardo Lume denunciou que “é na Madeira onde os trabalhadores têm os salários líquidos mais baixos de todo o País e onde existem mais de 17% dos trabalhadores em risco de pobreza. É também na Madeira onde se regista a maior taxa de inflação de todo o País, empurrando milhares de trabalhadores para o empobrecimento”.
A seu ver, “os custos de insularidade têm impacto nesta realidade, mas é para isso que se criou um regime autonómico com o objetivo de dar resposta aos problemas dos madeirenses e porto-santenses”
A maioria dos trabalhadores em risco de pobreza desempenham funções no sector privado, que dependendo do seu nível de escolaridade auferem salários inferiores aos trabalhadores da Administração Pública, para funções equiparadas, na ordem dos 13% a 30%.
“Se aos trabalhadores da Administração Pública Regional e Local, justamente é atribuído um subsídio para fazer face à insularidade distante por que razão não é reconhecido aos trabalhadores do sector privado direito ao subsídio de insularidade?”, questionou.
A atribuição de um subsídio de insularidade aos trabalhadores do setor privado garantiria uma redução da disparidade salarial em relação aos trabalhadores da Administração Pública, entende ainda.
Ricardo Lume concluiu, afirmando que “está a ser dinamizada uma petição pública a ser enviada à Assembleia Regional com a finalidade de exigir que aprove uma iniciativa legislativa de forma a garantir a todos os trabalhadores que desempenham funções na Região um suplemento remuneratório para fazer face aos custos de insularidade, com os mesmos critérios e montantes que são atribuídos aos trabalhadores da Administração Pública Regional e Local através do subsídio de insularidade”.