O emigrante madeirense baleado na manhã de ontem, nos arredores de Joanesburgo, mantém-se vivo e já se encontra estável. Quem o garante é o conselheiro das comunidades madeirenses na África do Sul, José Luiz da Silva, que adiantou ao JM e à rádio 88.8 JM FM que o empresário natural de Machico já regressou a casa, desmentindo assim algumas notícias que já tinham sido avançadas desde a manhã deste sábado.
“As notícias que vieram a lume, de que o senhor teria falecido no hospital, esta manhã, não correspondem minimamente à verdade. O senhor está em sua casa, foi tratado ontem no hospital e regressou hoje à sua casa”, afirmou o conselheiro, que acrescentou ainda que o emigrante “já não corre perigo de vida”.
José Luiz da Silva, que é também correspondente do JM em Joanesburgo, explicou que os detalhes sobre este episódio de violência são escassos, mas indicou que tudo se deu quando homens armados terão entrado numa loja e disparado sobre o empresário de origem madeirense. “Não se sabe a razão para este crime, até agora nada transpirou.”
Já em relação a outro emigrante, natural do concelho da Calheta, que foi sequestrado também na sexta-feira, José Luiz da Silva revelou que não foram conhecidos desenvolvimentos nas últimas horas.
“Não se sabe se houve mais algum contacto com a família ou com as pessoas que trabalhavam com ele”, disse o conselheiro, explicando que “é sempre mantido um certo secretismo nestas negociações para haver mais segurança”.
Apesar destas situações de violência, que incluíram sequestros e tiroteios, José Luiz da Silva garante que a comunidade madeirense na África do Sul não está aterrorizada, embora seja natural a preocupação.
“A comunidade está muito preocupada com estes assaltos”, disse, considerando, porém, que “aterrorizada” é uma expressão “bastante forte”. “É um termo bastante forte e não é isso o que se constata, porque as pessoas fazem a sua vida normalmente.”