Moções de rejeição não deverão ser viabilizadas

Luís Montenegro foi bastante criticado no hemiciclo, sendo acusado de falta de humildade exercendo chantagem

Após mais de nove horas de discussão na quinta-feira, decorre hoje o período de encerramento, com intervenções de todos os partidos e do Governo, e a votação das moções de rejeição do BE e do PCP, que têm ‘chumbo’ anunciado.

Em causa está Programa do XXIV Governo Constitucional que, face aquela anunciada reprovação, permitirá que hoje mesmo o Governo de Luís Montenegro entre formalmente em funções, sendo que o primeiro dia de debate agregou mutas críticas à postura do primeiro-ministro.

Desde logo, porque integrou 60 propostas da oposição, mas sem qualquer negociação prévia, com esses mesmos partidos a revelarem total desconhecimento sobre quais e de quem.

Mais, Montenegro, tal como já havia feito na tomada de posse em Belém, voltou a destacar que quem não votar a favor das ditas moções de rejeição, terá de dar depois os quatro anos e meio para que o programa seja executado. Uma espécie de ‘fale agora ou cale-se para sempre’, que não caiu bem nas restantes bancadas parlamentares, com o Chega na vanguarda, aludindo a uma despropositada chantagem.

O Livre já anunciou que será favorável a ambas as moções de rejeição, e o PAN fez saber que vai votar contra a proposta do PCP e se abster na do BE.

PS, com 78 deputados, e Chega, com 50, serão decisivos, mas por antecipação também já Pedro Nuno Santos havia anunciado que esta primeira prova a que se submete o governo de PSD/CDS, será superada.

Da bancada da maioria, contabilizando-se também os dois deputados do CDS, já hoje chegou a reação de que as ditas moções de rejeição mais não são que uma luta pela liderança da extrema-esquerda em Portugal.

Tudo isto, enquanto, à distância, Marcelo Rebelo de Sousa já alertou para a necessidade de haver diálogo…

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