Indignado com o que considera ser uma “autêntica falta de respeito para com a população do Porto Santo”, o vereador do UNE – Uma Nova Esperança lembra que foi eleito pelo povo e, como tal, tem “a responsabilidade de defender o povo”, criticando a “situação lamentável” que se passa na ilha dourada.
Em causa, como revela Luís Bettencourt ao JM, está um abaixo-assinado que “está a correr desde ontem no Porto Santo, por funcionários da Segurança Social, do Governo e até mesmo pela deputada do PSD, a meter medo e a chantagear a população dizendo que se o Governo cair, a unidade de saúde do Porto Santo não avança”.
Ora, o vereador diz que não admite “que se faça do povo cobaia para fazer pressão junto dos deputados” a aprovarem o Programa de Governo, “muito menos usando uma área tão sensível como a saúde”.
Considerando que “não é o povo que tem de ser arma de arremesso contra os partidos”, Luís Bettencourt vai mais longe e lamenta que seja a população a “ter de assumir as asneiras dos políticos”.
“A população votou, elegeu e não houve maioria. O povo fez a sua parte. Agora compete aos partidos tomarem uma decisão”, diz, lançando ainda uma questão: “Que relevância, que força tem este abaixo-assinado?”.
No seu entender, apenas um objetivo: “pressionar e assustar o povo”, pois, lembra, “a unidade de saúde é uma infraestrutura muito importante para o Porto Santo e, se o Governo cair, poderá existir algum atraso”, tal como irá suceder a muitas obras que neste momento estão em curso por toda a região autónoma.