O grupo parlamentar do CDS-PP promoveu na manhã desta quinta-feira uma conferência de imprensa, no essencial para apelar aos partidos com assento parlamentar que tenham sentido de responsabilidades, para com a Madeira e para com os madeirenses
Sara Madalena, que esteve ladeada de José Manuel Rodrigues, lembro que “os madeirenses e porto-santenses não podem ser prejudicados pelos jogos políticos dos partidos. Os madeirenses votaram e fizeram as suas escolhas em quatro eleições no espaço de oito meses e foram claros quanto ao partido ganhador dessas eleições. Desde a primeira hora que o CDS, após as eleições regionais, tirou as devidas conclusões do resultado dessas eleições regionais de 26 de maio, que vinham na sequência das eleições regionais de setembro do ano passado e que tiveram sequência nas eleições nacionais de 10 de março e nas eleições europeias de 9 de junho”.
A deputada centrista relevou que “a população votou e escolheu e agora compete aos partidos se entenderem sobre o novo Programa do Governo Regional e a aprovação do Orçamento para este ano, cujo atraso está a prejudicar a vida das empresas, cidadãos e famílias da Madeira e do Porto Santo. O CDS sempre disse responsavelmente, antes e depois das eleições, que a estabilidade política e a governabilidade da Madeira eram a sua prioridade e que devíamos normalizar a vida pública regional”.
Ora, “foi por isso que o CDS chegou a um entendimento com o PSD para viabilizar o Programa de Governo e aprovar um Orçamento, fazendo inscrever nesse Programa, 80%do seu Manifesto Eleitoral, nomeadamente na redução da carga fiscal e na melhoria dos rendimentos das famílias”.
Aqui chegados, Sara Madalena acentuou, então, que “o CDS apela a todos os deputados e Grupos Parlamentares para que tenham sentido de responsabilidade e priorizem o interesse regional para que seja possível reduzir os impostos, aumentar os salários, retirar a administração pública da paralisia em que se encontra, desbloquear o aumento e as carreiras dos funcionários públicos, aproveitar ao máximo os fundos europeus e relançar o investimento e as obras públicas, impulsionar a retoma do investimento privado, apoiar mais as instituições de solidariedade social e tomar medidas para combater a pobreza e a exclusão social”.
“A redução de 30% nos escalões do IRS e a diminuição do IVA nos bens essenciais, no valor de 165 milhões de euros, o reforço de quase 50 milhões de euros destinados à melhoria dos rendimentos dos enfermeiros, dos técnicos de saúde, das ajudantes domiciliárias e dos bombeiros, o reforço do investimento na construção de habitações e a continuação da construção do novo Hospital, são algumas das medidas que estão em causa, caso não exista Governo e Orçamento este ano. Quem está contra estas medidas está claramente contra a Madeira e os Madeirenses. Os partidos que se recusarem a dialogar com o Governo estão a hipotecar o futuro da nossa terra e a piorar a vida dos nossos cidadãos”, fez notar.
“Nós, madeirenses, não aceitamos esta prolongada indefinição política que só gera desconfiança e descrença e provoca estagnação e recessão económica e social” e é também por siso que “o CDS apela, mais uma vez, à maturidade, ao diálogo, à negociação e ao consenso mínimo entre todos os deputados e partidos para termos um Governo e um Orçamento aprovados.”
“Se tal não acontecer, a alternativa mais provável é voltarmos a ter um Governo de gestão e uma Região sem Orçamento, com as todas as consequências que já se sentem e aquelas que se adivinham na vida da comunidade regional, já referidas”, constatou Sara Madalena.
“Nunca nos podemos esquecer que a Madeira e os madeirenses estão acima de qualquer interesse político e o bem-comum tem que se sobrepor a qualquer interesse partidário”, disse3, a finalizar.