A existência de focos de mendicidade e toxicodependência no Funchal é um tema ao qual Fátima Aveiro, antiga diretora da Segurança Social e antiga presidente do Banco Alimentar da Madeira, se revela sensível.
A candidata do JPP pensa que a maior falha está ao nível da saúde, nomeadamente da saúde mental.
Diz que não há seguimento das pessoas, no hospital Dr. Nélio Mendonça, e perspetiva que isso não venha a acontecer com o futuro hospital, que não terá uma ala psiquiátrica.
“Há negação política nesta matéria”, afirma e diz que não percebe porque é que na Madeira não existe uma comunidade terapêutica.
Fátima Aveiro não entende como é que “com tanto dinheiro e tanta instituição não é possível resolver a vida” das 177 pessoas sinalizadas em situação de sem-abrigo.
Questionada sobre se o dinheiro está a ser mal gosta, não diz que seja esse o problema, mas sim a necessidade de uma nova estratégia.
Na opinião da candidata tem de haver “equipas comprometidas” com as referidas pessoas e com os respetivos familiares.
“Eu, na área social, dou cartas e dou créditos e quando eu digo, eu sei, porque estou dentro das coisas”, declarou, exaltada, após um momento mais tenso com Jorge Carvalho.
Na questão sobre o ambiente e a sustentabilidade, Fátima Aveiro considera que o Funchal perdeu qualidade e que precisa de zonas mais arborizadas.
Lembra que a cidade foi em tempos premiada pela qualidade dos seus jardins e que hoje “está descaracterizada, está suja, muito pouco digna”.
Referindo os milhares de turistas que chegam por mar à cidade e o milhão de euros arrecadados pela Câmara em taxa turística junto destes visitantes, defende que este dinheiro seja investido no Parque Natural do Funchal.