As Nações Unidas, a União Europeia, União Africana e Washington apelaram hoje às partes responsáveis pelo conflito no Sudão que regressem às negociações e criticaram “intervenientes estrangeiros” que alimentam a “crise humanitária mais devastadora” do mundo.
Em comunicado conjunto, as Nações Unidas, a União Europeia (UE), a União Africana, os Estados Unidos da América, Arábia Saudita e outros países apelaram “às partes envolvidas” na guerra no Sudão que “regressem às negociações”, “reconhecendo que o Sudão é a crise humanitária mais devastadora” do planeta.
“O conflito em curso tem consequências para a população, particularmente as mulheres e crianças”, vítimas de violações e crimes contra a Humanidade.
Em simultâneo, os signatários desta declaração conjunta “condenaram veementemente” a participação de “intervenientes estrangeiros estatais e privados”, que acusaram de estar a alimentar a guerra, contudo, sem identificar os responsáveis pelo “fornecimento de equipamento militar e apoio financeiro”.
Entre todos os apelos feitos, os signatários pediram que se respeito a extensão da passagem humanitária de Adré, em dezembro deste ano, para permitir que as pessoas que estão a fugir do conflito recebam apoio humanitária desimpedido.
O conflito entre os militares sudaneses e as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) eclodiu em abril de 2023 em Cartum, antes de se alastrar por todo o país. A guerra civil matou pelo menos 40 mil pessoas e deslocou cerca de 12 milhões, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).