José Manuel Viegas também esteve na 17.ª edição da Conferência Anual de Turismo, numa organização da delegação regional da Madeira da Ordem dos Economistas, que decorre ao longo da manhã desta quinta-feira.
Especialista em ‘infraestruturas e mobilidade’, constata que “há tensões de saturação nos transportes, com queixas dos residentes, congestionamento e dificuldades de estacionamento nos locais de maior pressão turística”, adensado pelo que julga haver, também, “concentração também de autocarros e acredito que até os próprios passeios estarão já em determinadas alturas demasiado cheios”.
Tudo isto, “são fontes de tensão entre locais e visitantes, vai haver sempre”, mas de possível “uma convivência menos tensa, mais pacífica”, com esta sua certeza de que “reduzir o número de visitantes não será a solução, mas temos ter a noção clara dos limites da capacidade”.
Salientou que “a capacidade de carga física, pode ser gerida com dificuldade, mas os limites de aceitação dos locais poderão ser melhor geridos”.
Nos alertas, relevou o cuidado de “se começamos pelas proibições e limitações, sem dar alternativas, corremos o risco que se sintam mal servidos e os números caiam”.
Assim, “temos que ajustar os atributos da oferta, cada um deve continuar a escolher o que melhor lhe convém, mas de forma mais alinhada com o interesse público”.
Posto isto, traçou um cenário dantesco dos serviços dos transportes públicos na Região, com base na sua experiência própria, desde logo que os mesmos são “muito limitados e o esforço de busca foi enorme”.
Disse que há muita coisa anunciada que não existe ainda, condenou a não possibilidade de pagamento digital a bordo e, mais do que isso, denunciou um grande reparo ao próprio site oficial, ‘visite Madeira’. “A todos os pontos de interesse, diz como chegar e não há uma única informação de como o fazer de transporte coletivo, Depois, não se queixem…”, disse.