A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, em parceria com o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, promove, a 27 de setembro, um apagão na Madeira, com o objetivo de tornar a noite mais segura para as aves marinhas. Todos os anos, na Madeira, a poluição luminosa desorienta juvenis de aves marinhas, levando-os a cair nas cidades. A ideia é reduzir este impacto.
Assim, entre as 20 e as 23 horas, a população é convidada a juntar-se a esta iniciativa, desligando a iluminação exterior das suas casas e edifícios.
De 15 de setembro a 15 de outubro, os juvenis de freira-da-madeira (Pterodroma madeira) realizam os seus primeiros voos. No caso da cagarra (Calonectris borealis), os seus juvenis saem de 15 de outubro a 15 de novembro, sendo os próximos meses a época mais crítica do ano para estas espécies.
À população madeirense, a SPEA recomenda que mantenha a iluminação exterior reduzida ou até apagada, quando não é necessária, promovendo um caminho mais seguro até ao mar.
O apagão, previsto para 27 de setembro, visa proteger especialmente a freira-da-madeira nos seus potenciais corredores de passagem, que ocorrem essencialmente entre Câmara de Lobos e Funchal, e entre Santana e Machico. Esta ave marinha endémica da Madeira é uma das mais raras da Europa e encontra-se criticamente ameaçada.