O candidato do Juntos Pelo Povo (JPP) à presidência da Câmara do Porto Moniz assinalou esta terça-feira “a enorme quantidade de água que é desperdiçada diariamente para a praia da Laje”, defendendo “a importância de preservar este importante recurso”.
“A água é, sem dúvida, o recurso mais essencial à vida”, refere João Jesus. “No concelho do Porto Moniz, a sua importância assume ainda maior relevo, sobretudo no meio rural, onde serve de sustento às culturas e garante a subsistência de muitos agricultores.”
Apesar disso, lamenta o candidato, “diariamente perde-se uma enorme quantidade deste bem precioso, sendo disso exemplo a água que cai na praia da Laje, no Seixal, e também na Ribeira da Janela, sem qualquer aproveitamento, perante a inércia do Governo Regional e do município do Porto Moniz”.
João Jesus recorda que “especialistas e populares defendem que deveriam ser criados depósitos de armazenamento capazes de assegurar o abastecimento agrícola e até reforçar as necessidades de outros concelhos vizinhos da Madeira, no entanto, até agora não foram tomadas medidas estruturais que garantam uma gestão mais eficiente”.
Com a recorrente falta de água para rega, em particular nos meses de Verão, e as constantes reclamações dos agricultores, e o desperdício aqui referido, o candidato do JPP menciona recentes declarações do presidente da empresa pública Águas e Resíduos da Madeira (ARM) que lamentou “não ter água” para combater fogos e para agricultura. “Mas, no Porto Moniz, correm milhões de litros por dia para o mar”, destaca.
Outra questão levantada por João Jesus prende-se com a utilização da água da serra do Porto Moniz, uma fonte considerada “propriedade do povo” e que tem vindo a ser desviada para um depósito de emergência SOS, com a população a questionar se esse recurso não deveria ser utilizado para fins de consumo humano, devidamente tratado e disponibilizado em condições de segurança.
“Num concelho rico em nascentes e recursos hídricos, a falta de visão estratégica na gestão da água levanta preocupações”, diz o candidato do JPP. “Afinal, como recordam os agricultores e habitantes locais, a água é vida, e o seu desperdício é um luxo que a Madeira não se pode permitir.”