O saxofone não vai parar de soar no Museu de Arte Moderna da Madeira (MAMMA), no Funchal. Desde hoje, às 10h30, Elvis Sousa embarcou numa maratona inédita: tocar durante 33 horas seguidas — um desafio que deverá prolongar-se até às 19h30 de amanhã — na tentativa oficial de entrar para o Guinness.
O primeiro objetivo é ultrapassar as 26 horas e 23 minutos alcançadas em 2023 pela indiana Mysore Sainatha Subbalaxmi, mas Elvis quer mais: chegar às 33 horas, número que simboliza também a idade que completa este ano.
“É uma forma de superar-se de um modo extraordinário, num desafio muito exigente que é de sopro contínuo durante muito tempo”, destacou ao JM Rui Sá, diretor do MAMMA, que acolhe a iniciativa e a descreve como “um exercício de resistência” que se cruza com a própria arte.
Tudo está a ser seguido ao detalhe, com testemunhas credenciadas, músicos profissionais e responsáveis pelo controlo dos tempos. A performance é ainda registada em vídeo e acompanhada por um relógio digital para garantir a homologação do Guinness.
“É uma honra o MAMMA estar associado a este evento. Sendo um espaço que tenta conciliar a arte da música este desafio encaixa na perfeição na nossa forma de ver a arte que inspira e se reinventa”, sublinhou o responsável pelo Museu, considerando que este desafio pode servir de incentivo para outro tipo de recordes.
Natural do Reino Unido, mas com raízes musicais na Madeira e uma ligação próxima à Banda Filarmónica da Casa do Povo de São Vicente, Elvis Sousa tem já um currículo internacional de destaque. Este ano, arrecadou o Prémio Ouro no Concurso Mozart, na Polónia, e o Prémio Diamante e o Prémio Especial de Criatividade no World Grand Prix, no Reino Unido.
Agora, no MAMMA, o saxofonista procura inscrever o seu nome na história. Se conseguir mais de 26 horas e 23 minutos, ou chegar às ambicionadas 33 horas, Elvis Sousa fará do saxofone o som de uma resistência sem paralelo.
Refira-se que a entrada para assistir ao desafio é gratuita.