O deputado Francisco Gomes, eleito pelo Chega para a Assembleia da República, criticou a proposta da JPP para a criação de um grupo de trabalho destinado a estudar os custos da insularidade, acusando o partido de querer “gastar dinheiro do erário público em viagens e estudos desnecessários”.
A posição foi assumida pelo deputado após uma reunião da Comissão de Economia do parlamento nacional, na qual a iniciativa iria ser discutida, descrevendo a mesma como “um desperdício absoluto de dinheiro” e uma “ofensa a quem trabalha e paga impostos”.
Francisco Gomes sublinha que todos os dados sobre o peso económico e social da insularidade “são sobejamente conhecidos e já foram estudados ao detalhe por instituições regionais, nacionais e europeias”, não havendo qualquer justificação para “mais relatórios que acabarão esquecidos em gavetas”.
“É um escândalo que a JPP queira usar dinheiro público para passeios e reuniões inúteis quando toda a gente sabe, há décadas, o custo brutal da insularidade. Os madeirenses e açorianos não precisam de mais papéis, precisam de seriedade, que é algo que a JPP não tem porque só quer fazer números políticos”, condena.
O deputado madeirense acusa a proposta da JPP de ser “pura demagogia” e alerta que as verbas que a proposta da JPP quer gastar seriam “mais bem aplicadas em medidas concretas que aliviem a vida das famílias e dos empresários insulares”, lembrando que “os problemas do transporte aéreo, do custo de mercadorias e da fiscalidade diferenciada já estão identificados e quantificados”.
“É inaceitável desperdiçar um único cêntimo em estruturas de fachada quando as necessidades da Região são urgentes e evidentes. O Chega vai opor-se frontalmente a este teatro político, porque os madeirenses merecem respeito e soluções, não manobras partidárias”, asseverou o deputado madeirense.
Com esta posição, o Chega diz reafirmar a sua “determinação em defender a boa gestão dos recursos públicos e em rejeitar iniciativas que”, segundo Francisco Gomes, “nada acrescentam à luta real pela coesão nacional e pela justiça para quem vive nas regiões autónomas”.