O Belenenses, emblema da Liga 3, carimbou hoje o passaporte para a terceira eliminatória da Taça de Portugal, ao receber e vencer o Marítimo, da II Liga, por 2-0. Ainda antes da hora de jogo já a equipa insular perdia por 2-0, num dia em que, curiosamente, os verde-rubros completam 115 anos de história. Vítor Matos diz que faltou “muita coisa”, entre elas “aquilo que temos sido nos últimos jogos”.
Midana Sambú, aos 28 minutos, colocou o Belenenses a vencer. Na segunda parte Evandro Barros ampliou a contagem, aos 52, e ofereceu antecipadamente a prenda ao Belenenses, que comemora dia 23 o 106º aniversário.
Num duelo histórico, tantas vezes disputado na I Liga, o Belenenses (Liga 3) entrou mais forte, a empurrar o Marítimo (II Liga), que completa hoje 115 anos de vida, para junto da respetiva grande área, mas foi numa jogada de contra-ataque que chegou por intermédio de Sambú, aos 28 minutos, que recebeu a bola de Evandro Barros.
Embora o Marítimo apresenta-se mais qualidade individual, no aspeto coletivo foi cometendo diversos erros e o resultado só não chegou mais desnivelado ao intervalo porque tanto Afonso Afonso, aos 39 minutos, como João Paredes, aos 41, falharam a baliza de Tabu por muito pouco.
A entrada de Simo para o lugar de Alberth Elis a abrir a segunda parte trouxe maior acutilância ao Marítimo, mas numa perda de bola, em fase de construção, deitou tudo a perder.
Midana Sambú recuperou a bola e serviu Evandro Barro para o 2-0, aos 53 minutos.
Os comandados de Vítor Matos, apesar das substituições, não conseguiram ‘reentrar’ no jogo ficando assim de fora da ‘prova rainha’.
No final do jogo, o técnico maritimista revelou que “faltou muita coisa. Muito daquilo que temos sido nos últimos jogos, como a nossa capacidade de pressão e anular as ações dos nossos adversários. O Belenense venceu com mérito, com jogo positivo. A espaços fomos mostrando algumas coisas. Fizemos 10 minutos daquilo que temos sido”.
Na segunda parte o Marítimo entrou “bem, depois sofreu o 2-0 e aí a equipa começou a ficar mais lentar e com menos capacidade de pressionar o adversário”, continua.
O segundo golo faz com “que a equipa sinta que tenha de fazer o dobro do que tinha de fazer. Tentámos reagir, mas acabámos por cair. Vamos com a certeza que temos de melhorar para voltar a sermos a equipa que temos sido até agora”.