Dois atentados com carros armadilhados, despoletados com horas de diferença, mataram pelo menos oito pessoas e feriram outras 23 no sudoeste do Paquistão, uma região afetada por fundamentalistas islâmicos e separatistas, informaram hoje as autoridades.
O primeiro ataque ocorreu na quinta-feira em Turbat, um distrito da província do Baluchistão, quando um bombista suicida lançou um veículo contra uma caravana das forças de segurança, informou o dirigente da polícia Elahi Bakhsh.
Dois agentes de segurança morreram e outros 23 ficaram feridos no ataque, acrescentou.
Horas depois, um outro carro armadilhado explodiu na cidade de Chaman, perto da fronteira com o Afeganistão, matando seis pessoas, disse o administrador governamental Imtiaz Ali.
Nenhum grupo assumiu até ao momento a responsabilidade, mas as suspeitas recaem sobre os talibãs paquistaneses e os separatistas baluchis, que atacam frequentemente as forças de segurança e civis na província.
Há duas semanas, um bombista suicida fez-se explodir à porta de um estádio, enquanto apoiantes de um partido nacionalista saíam de um comício perto da cidade de Quetta, matando 13 pessoas.
O Paquistão tem assistido a um aumento da violência militante nos últimos anos, com a maioria dos ataques reivindicados pelos talibãs paquistaneses, conhecidos como Tehrik-e-Taliban Paquistão, ou TTP. O grupo é independente, mas estreitamente aliado aos talibãs afegãos.
O Exército de Libertação Baluchi, considerado ilegal, e outros grupos separatistas também costumam realizar ataques no Baluchistão.
A província é há muito tempo palco de uma insurgência, com os separatistas a exigirem a independência do governo central paquistanês.