Da Virtude
A competência e a devolução de resultados, especialmente em política, incomodam. Por isso é que tanta gente da oposição parece estar com urticária com a candidatura de Jorge Carvalho à Câmara Municipal do Funchal. Ao longo de 10 anos como Secretário Regional, Jorge Carvalho granjeou o respeito e o reconhecimento das famílias, da classe docente, dos sindicatos, dos diretores de escolas, dos auxiliares e dos seus colegas de Governo, de cá e do outro lado do Atlântico. Implementou medidas estruturantes, com resultados reconhecidos pela generalidade dos agentes educativos. Antes de mais, a transição para os manuais digitais, nos ensinos básico e secundário, que modernizou o ensino através do uso da tecnologia, flexibilidade curricular e diferenciação pedagógica, incluindo formação para professores e infraestruturas digitais nas escolas. Uma reforma que fará história no sistema educativo português (como tanta vez temos feito). Os resultados para o sucesso educativo não são imediatos, mas a medida foi implementada exemplarmente, sendo mesmo uma referência ao nível do Plano de Ação para a Educação Digital da União Europeia, que visa desenvolver ecossistemas educativos digitais eficazes e reforçar as competências digitais.
O projeto Turma+, a recuperação integral do tempo de serviço dos professores e o reordenamento da rede escolar, foram outras medidas políticas de referência.
Pessoalmente, trabalhei com Jorge Carvalho durante 2 anos e, no âmbito das nossas funções, fizemos diversas viagens juntos, o que me permitiu conhecer a sua seriedade, integridade e capacidade de diálogo próximo com as pessoas. Homem de família, entende que a proximidade e a humanidade são pilares fundamentais para governar com justiça e equilíbrio. Conheci um político pragmático, empenhado, focado em objetivos, determinado e corajoso.
No plano político, alinhou quando entendeu que o devia fazer e discordou quando sentiu esse imperativo de consciência, mostrando que é movido pela dedicação e pela lealdade aos madeirenses. Foi deputado, dirigente e, acima de tudo, um governante com provas dadas na gestão de equipas, de projetos e de áreas estruturais para o futuro da Região. A sua experiência no Governo Regional, aliada a uma visão moderna e integradora, prepara-o de forma exemplar para liderar o maior município da Madeira e para os desafios que aí vêm, que não são poucos ou de pequena dimensão!
Jorge Carvalho é, assim, um candidato que alia competência técnica a sensibilidade política, experiência governativa a proximidade humana, firmeza de convicções a abertura ao diálogo. O Funchal encontrará nele um líder capaz de responder aos desafios de hoje e de construir a cidade de amanhã: mais integradora, mais dinâmica, mais inovadora e mais próxima de todos.
Do vício
Conta-se que Filipe II, rei Macedónio, quando cercava a cidade de Pérgamo foi abordado por um dos seus oficiais, acompanhado por um traidor que se oferecia para facilitar a captura da cidade. Perante esta oferta, Filipe II terá respondido: “Eu não pago a traidores. Se tu trais a tua própria cidade, como é posso confiar em ti?”
No Império Romano, há várias histórias que ilustram a expressão: “Roma não paga a traidores”. A atitude de Filipe II e a de Roma refletem uma ética comum na Antiguidade, onde a lealdade era altamente valorizada nas relações políticas e a traição vista com extrema desconfiança. Vem isto a propósito de candidaturas de diversos partidos que contam nas suas fileiras com diversos ex-militantes do PSD-M. Como não conseguiram o assalto ao poder ou não lhes foi reconhecido o mérito e a competência que, não raras vezes, apenas os próprios se lhes reconhecem, partiram em busca de barrigas de aluguer. Há um deles que já passou por três partidos! Spoiler alert: ninguém gosta de traidores. A lealdade, a solidariedade e o companheirismo não são letra morta. Podem tentar enganar-se ou enganar-nos, mas a traição não nasce de qualquer valor ou ideal elevado, ou em defesa de causas ideológicas ou mesmo com objetivos morais. Surge pelas razões mais básicas, mais egoístas, mais interesseiras, mais egocêntricas.
A cultura clássica faz sempre falta. Nem que seja para perceber que, por regra, a consequência das traições é a inevitável rejeição desses projetos. Nenhum traidor é confiável e já o sabemos desde a Grécia Antiga!