O coordenador regional do ADN – Alternativa Democrática Nacional e candidato à Câmara Municipal do Funchal, Miguel Pita, emitiu este domingo um comunicado onde critica a forma como são atribuídos os apoios à natalidade na Região.
Na nota enviada à redação, o ADN Madeira alerta para “a injustiça social na atribuição de apoios à natalidade nos casos em que os jovens pais têm de viver na casa dos seus progenitores, de outros familiares ou até de amigos devido à falta de habitação disponível na RAM”, situação que, afirma, leva a que “os nossos jovens madeirenses veem-se agora novamente penalizados com a recusa de apoios à natalidade (ex. abono), quando inseridos num agregado familiar anfitrião que cuja média salarial esteja acima dos critérios de atribuição dessas ajudas perante a Segurança Social”.
O partido lamenta ainda “que o critério de atribuição de subsídios de apoio à natalidade a imigrantes seja mais vantajoso e facilitado em todos os aspetos”, defendendo que tal realidade “explique o fenómeno de existirem cada vez mais nascimentos de filhos de imigrantes, do que de pais nascidos na RAM”.
No comunicado, o ADN Madeira considera também “grave que em 2024 a Segurança Social tenha ‘investido’ 237 mil Euros em subsídio ao aborto, em detrimento de verdadeiros incentivos a quem quer ter filhos”, acrescentando repudiar “todas as dezenas de milhares de euros anuais atribuídos em subsídios autárquicos e governamentais” às iniciativas relacionadas com as pessoas LGBTQIA+ que, entende, “em nada contribuem para o aumento da natalidade”.
O partido exige, por isso, “melhor escrutínio por parte da Segurança Social na atribuição de apoios à natalidade”, defendendo ser “urgente criar as condições necessárias para que os nossos jovens não tenham que emigrar para poderem ter filhos”. “Temos que evitar esta substituição demográfica em curso, há que valorizar a nossa identidade através dos nossos jovens e incentivá-los a procriar”, remata.