Francisco Gomes, deputado do Chega na Assembleia da República, exigiu uma fiscalização rigorosa às lojas de bijuterias e recordações turísticas operadas por imigrantes na Madeira, depois de ter levantado suspeitas sobre alegadas práticas ilícitas e acolhimento à imigração ilegal.
“Não podemos permitir que a Madeira, com toda a sua história, identidade e prestígio turístico, esteja a ser invadida por estabelecimentos que nada têm a ver com a nossa cultura e que apenas servem para fomentar criminalidade e decadência”, aponta o deputado madeirense, citado numa nota de imprensa divulgada na manhã desta sexta-feira.
Segundo Francisco Gomes, o primeiro problema a merecer atenção é o que diz ser a suspeita de que estas lojas funcionam como pontos de lavagem de dinheiro. Embora sem apresentar provas, o deputado diz ser impossível de ignorar que estes negócios “praticamente não vendem, mas pagam rendas elevadas”, conforme se pode ler na mesma nota. O que, para o parlamentar, constitui motivos para suspeitar da existência de atividades ilícitas.
“Estas lojas são um embaraço para a nossa economia. É evidente que estamos perante esquemas de branqueamento de capitais oriundos do Paquistão e do Bangladesh, que ninguém fiscaliza e estão a ganhar raízes na Região”, acusa.
O segundo problema apontado pelo deputado prende-se com o que diz ser o uso das lojas como dormitórios improvisados para imigrantes “em situação legal duvidosa”. De acordo com Francisco Gomes, caves e arrecadações sem quaisquer condições estão a ser utilizadas como quartos, repetindo práticas já identificadas em estabelecimentos semelhantes na área de Lisboa.
O terceiro problema apontado pelo deputado é o impacto que, na sua opinião, estas lojas estão a ter na imagem da Região. Para o parlamentar, os produtos vendidos não refletem a cultura madeirense, não contribuem para a valorização da Madeira como destino e, pelo contrário, põem a circular artigos de fraca qualidade, que, considera, “envergonham a identidade regional”.
“Sem uma fiscalização séria, a Madeira será cada vez mais utilizada como plataforma para imigração ilegal e lavagem de dinheiro. E isso não só destrói a nossa sociedade como coloca em causa a nossa segurança pública. É inaceitável”, afirmou Francisco Gomes, aditando que, se esta situação persistir, “a Região corre o risco de ser transformada num entreposto de imigração ilegal e num centro de lavagem de dinheiro proveniente do Indostão”.