ADN pede respeito e reconhecimento para os coveiros

O ADN – Madeira alertou hoje para as condições profissionais dos coveiros, frisando o papel destes trabalhadores que “zelam pela manutenção, segurança e conservação” dos cemitérios.

Numa nota enviada às redações, o partido afirma que teve “o cuidado e atenção de falar com alguns coveiros que desempenham as suas funções na cidade do Funchal”, constatando que há “várias carências que merecem a atenção de todos”. De acordo com o ADN, “estas são pessoas que se sentem discriminadas e marginalizadas em termos de justiça de direitos laborais”, considerando que “o seu trabalho não é respeitado, nem reconhecido pelas pessoas”.

O partido indica que “a falta de material adequado para o desempenho das funções, tais como botas de segurança apropriadas e luvas em condições, de forma a poderem preparar as sepulturas para receberem os caixões” é uma das principais carências.

Além disso, reivindica “apoio psicológico para determinadas situações [às quais os coveiros] assistem e participam diariamente ao acompanharem os defuntos e famílias e terem de lidar com a dor e sofrimento das pessoas envolvidas, assim como aquando da realização das exumações necessárias anos após os enterros”.

Um “salário adequado à realidade e responsabilidade” é outra das reivindicações, alertando o partido que estes trabalhadores “auferem apenas um vencimento mínimo, trabalhando em feriados e fins de semana, muitas vezes sobrecarregados devido à falta de pessoal resultante do desinteresse da autarquia em querer contratar mais pessoal, mas também devido a abusos de algumas agências funerárias que confundem as funções de cada entidade”.

O partido indica ainda que “a idade da reforma tem de ser revista, pois trata-se de uma profissão de grande desgaste físico e psicológico”.

“O ADN – Madeira lamenta que em pleno séc. XXI ainda se cavem sepulturas à mão com recurso a uma pá, pois existe apenas uma escavadora no cemitério de São Martinho que por vezes é transportada para outros cemitérios do Funchal”, denuncia ainda.

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *