PS promete construir 169 casas que Câmara do Funchal “deixou na gaveta”

Rui Caetano assegurou hoje que, com o PS a liderar a Câmara Municipal do Funchal, serão construídas 169 casas que, segundo os socialistas, “a vereação da coligação PSD/CDS deixou na gaveta ao longo destes quatro anos”.

Após uma ação de contacto com a população, no bairro da Nazaré, a candidatura socialista apontou a necessidade de “garantir uma habitação condigna para aquelas pessoas que, mesmo tendo trabalho e auferindo de um salário ao fim do mês, não conseguem ir ao privado arrendar ou adquirir uma casa”, conforme adianta uma nota divulgada pelo partido.

O candidato à presidência da autarquia adiantou que a anterior vereação do PS deixou aprovados quatro projetos, já com financiamento garantido por parte do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, que correspondiam à construção de 169 casas, as quais seriam suficientes para resolver o problema de mais de 500 pessoas. Contudo, lamentou que os mesmos tenham ficado abandonados e que, passados quatro anos, a câmara PSD/CDS nada tenha feito. “Os projetos existem, falta é boa-vontade e capacidade de execução”, criticou, afiançando que, assim que o PS chegue à liderança da edilidade, irá avançar com a construção destas habitações.

“Nós vamos construir 51 casas na Penha de França, 71 na Quinta das Freiras, 23 no bairro da Ponte e 24 através da aquisição e reabilitação de prédios no centro da cidade do Funchal”, asseverou.

Por outro lado, Rui Caetano considerou que a habitação pública tem de ter qualidade, alertando que não pode voltar a acontecer o que se verificou com o empreendimento do Canto do Muro, que foi adquirido por mais de três milhões de euros, quando Miguel Albuquerque era presidente da Câmara, mas que terá de ser demolido por apresentar problemas infraestruturais muito graves.

O socialista critica a falta de fiscalização camarária na altura e entende que a presidente da autarquia deve “explicar aos funchalenses como é que uma câmara do PSD adquire um prédio que custou mais de três milhões de euros naquela situação e agora diz que tem de ser demolido”. Lembrou também que, em 2023, quando Pedro Calado era presidente da edilidade, deu uma conferência de imprensa para dizer que o prédio seria alvo de obras durante um ano e que depois as casas seriam entregues às pessoas. “Se alguém andou a enganar os funchalenses, foi esta Câmara, este executivo”, denunciou.

A um outro nível, Rui Caetano afirmou que é igualmente fundamental a construção de habitação a preços mais acessíveis. “Nós continuamos a acreditar nas cooperativas, defendemos que é necessário apoiar, ceder terrenos, mas, paralelamente a estes apoios, é necessário criar mecanismos de fiscalização”, afirmou, condenando a negligência a que se assistiu por parte da autarquia no que concerne ao recente caso da cooperativa Cortel. “Não podemos permitir que aconteça o aconteceu com uma cooperativa a custos controlados, que beneficiou de ajudas públicas e há pessoas lá dentro a fazer negócio em alojamento local, a arrendar apartamentos a preços exorbitantes à custa dos apoios do erário público”, sentenciou.

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