A líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, responsabilizou, segunda-feira, o Presidente Nicolás Maduro pela crise política, económica e social na Venezuela, sublinhando que a liberdade “está próxima”.
“Chegou a hora. A liberdade está próxima”, afirmou numa mensagem divulgada na rede social X.
Na publicação, a líder da oposição declarou que o regime de Nicolás Maduro “é uma estrutura criminosa que causou um dano imenso” ao povo da Venezuela.
“Obrigou um terço da nossa população a fugir, desestabilizou toda a região e criou uma ameaça direta à segurança dos EUA”, sublinhou.
Por outro lado, disse que assim que a Venezuela for libertada “milhões voltarão para casa” e o país “vai tornar-se o principal aliado dos Estados Unidos em matéria de segurança, comércio, energia e investimento na região”.
A líder acompanha a mensagem com um vídeo de parte de uma entrevista à Fox News, na qual agradece às autoridades norte-americanas pela recente declaração do Cartel dos Sois como uma organização terrorista e pelo envio para águas caribenhas de barcos de guerra norte-americanos e 4.000 fuzileiros, numa alegada operação contra cartéis narcotraficantes,
“Finalmente estamos a ver a abordagem certa, com coragem e clareza, em relação a uma organização criminosa que tomou conta do nosso país, da nossa terra, dos nossos recursos, das nossas instituições, destruindo a Venezuela, trazendo miséria ao nosso povo e desestabilizando a região para prejudicar os Estados Unidos da América”, afirmou na entrevista.
Maria Corina Machado disse ainda que a Venezuela foi transformada “num paraíso seguro para todas as redes criminosas e inimigos do hemisfério ocidental” e “num satélite do regime iraniano”.
“O regime de Maduro abriu a nossa terra e os nossos recursos ao regime chinês, ao regime russo e também a organizações terroristas criminosas (…) Mas chegou a hora da mudança”, sublinha.
Segundo Maria Corina Machado o afastamento de Nicolás Maduro do poder é indispensável não apenas para o bem-estar dos venezuelanos, mas para a estabilidade geopolítica do continente.
De acordo com a CNN, os Estados Unidos começaram a enviar 4.000 fuzileiros para as águas da América Latina e do Caribe para combater os cartéis de tráfico de drogas, além de reforçarem a presença militar na região com aviões-radar e três contratorpedeiros com capacidade antimíssil, numa alegada operação contra cartéis narcotraficantes.
Na quinta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou aos Estados Unidos e à Venezuela para que “resolvam as diferenças por meios pacíficos”.
Caracas recebeu como ameaça a notícia de que Washington enviou para águas caribenhas navios lança-mísseis e 4.000 fuzileiros e em resposta anunciou o destacamento, por todo o país, de 4,5 milhões de milicianos, componente da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB).