O calor de agosto continua a fazer-se sentir como é normal nesta época, os avisos que a meteorologia anuncia, não são mais do que o confirmar de que estamos no verão. No verão, queremos calor para as nossas férias, para as idas à praia e também, para que as uvas venham bem docinhas e assim termos bom vinho, é o normal.
No continente, o fogo não dá tréguas e a sensação de dejá vu sente-se sempre que vemos nas notícias o primeiro-ministro a banhos no Algarve, enquanto morrem homens a combater os incêndios! Atreveu-se a comparecer nas cerimónias fúnebres de um soldado da paz e foi vaiado pela população. Que a memória dos portugueses não apague estes momentos quando forem novamente chamados às urnas, para que não se perpetue no poder quem não respeita a sua população. Que não aconteça no País o que aconteceu aqui na região, em agosto do ano passado. Haja memória!
A contrastar com o calor de agosto, o ambiente pré-eleitoral está morno. Os partidos ainda não aqueceram os motores, os cartazes são pouco e dispersos. Dizem que talvez seja melhor assim, dar algum descanso aos eleitores, mas, não podemos nos esquecer que há quem tenha grandes máquinas partidárias e que conseguem fazer em poucos dias aquilo que outros levam muito mais tempo para conseguir.
Entretanto, a norte, comemorou-se neste passado fim de semana a festa do Seixal, terra do meu Pai, onde todos os anos passo alguns dias. Longe dos grandes arraiais da região, mas com genuinidade dos tempos antigos.
Olho para o Concelho do Porto Moniz e vejo como se transformou nestes últimos 12 anos, as estradas municipais estão impecáveis, a limpeza urbana é uma realidade e percebe-se o esforço que tem vindo a ser feito de modo a minorar as consequências da avalanche turística que invadiu este cantinho do Norte. É certo que é preciso encontrar mais formas de dar descanso a quem aqui vive para que se consiga conviver de forma pacífica e saudável com os nossos turistas, pois o que temos de bonito é para ser visto, sempre com a preocupação pela preservação da nossa maior riqueza, a natureza (O IFCN tem que olhar pelo nosso Fanal).
O desenvolvimento de uma localidade não pode ser visto apenas pelo lado das infraestruturas criadas, ou das festas que tanto animam a população e que trazem também muitos visitantes. É preciso olhar pela obra social e ver o que foi feito neste concelho. O apoio à terceira idade é uma realidade, ninguém é esquecido. As crianças e os jovens são privilegiados, os apoios são muitos e para todos, desde o nascimento até aos estudos universitários, desde o kit bebé, pagamento das creches, aos computadores entregue aos estudantes, ou a bolsa de estudo à qual se acrescerá o pagamento das propinas, caso o PS volte a ter a confiança dos eleitores. O apoio aos agricultores é também uma realidade, estando a ser implantado uma rede de água para rega, dando assim maior conforto a quem diariamente cuida da terra.
Um bom autarca tem de ter como principal objetivo melhorar a qualidade de vida dos seus munícipes, dos seus fregueses. Podem ter a certeza que o Emanuel Câmara é um desses autarcas, para ele as pessoas estiveram sempre em primeiro lugar. Termina em breve a sua longa caminhada autárquica, mas estou certo que com o Olavo Câmara o caminho será continuado, com a frescura da sua juventude, com a frescura de uma equipa que construiu e que será capaz de elevar ainda mais o Porto Moniz e todas as suas freguesias. As pessoas saberão fazer as suas escolhas e estou confiante numa continuidade em prol da população nortenha.
Duarte Caldeira escreve à segunda-feira, de 4 em 4 semanas.