Dezassete pessoas, incluindo seis crianças, foram mortas hoje de madrugada num bombardeamento do exército israelita que atingiu tendas na cidade de Asdaa, em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, disseram fontes médicas locais.
Entre os mortos no ataque estão um bebé de 6 meses, dois irmãos de 13 e 10 anos, e três crianças de 10, 8 e 7 anos, segundo fontes citadas pela agência de notícias espanhola EFE.
Também de madrugada, um ‘drone’ israelita matou duas pessoas no campo de refugiados de Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, disseram fontes do Hospital Al Awda à agência oficial de notícias palestiniana Wafa.
Na cidade de Gaza, a situação é desconhecida devido aos bombardeamentos contínuos.
Fontes médicas disseram que pelo menos 36 pessoas morreram na sexta-feira em ataques contra a cidade, que Israel anunciou que vai invadir militarmente.
Quase metade dos hospitais e hospitais de campanha da Faixa estão localizados na cidade de Gaza e representam 40% da capacidade total de camas hospitalares.
A ONU alertou na sexta-feira que uma invasão terrestre de Gaza vai afetar ainda mais um sistema de saúde já colapsado.
Nos últimos dias, o exército israelita pediu ao pessoal médico da cidade de Gaza para se deslocar e levar os pacientes e o equipamento para o sul, um pedido que o Ministério da Saúde de Gaza recusou.
O pedido está relacionado com os preparaticos para a ocupação militar da cidade de Gaza, que vai mobilizar 60.000 reservistas em setembro.
A ONU declarou a fome em Gaza na sexta-feira, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente, e alertou que a situação deverá alargar-se às províncias de Deir el-Balah (centro) e Khan Younis até ao final de setembro.
Israel tem em curso uma ofensiva militar na Faixa de Gaza desde que sofreu um ataque do grupo extremista Hamas em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e o rapto de 250 pessoas, feitas reféns.
A ofensiva israelita provocou mais de 62.190 mortes em Gaza, a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, considerados fiáveis pela ONU.
Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2027, como uma organização terrorista.