Uma governação comprometida em dar resposta às novas necessidades que o concelho de Machico enfrenta foi a garantia deixada esta manhã por Hugo Marques na apresentação da candidatura do Partido Socialista à Câmara Municipal de Machico.
Com o lema ‘Renovar pelas Pessoas’, o projeto encabeçado por Hugo Marques não representa, como o próprio explicou, qualquer rutura com o passado – até porque a liderança socialista na autarquia desenvolveu um trabalho de grande qualidade – e deve, sim, ser encarado como um sinal de evolução, como resposta aos novos desafios que se colocam ao município de Machico, com a habitação e a mobilidade como áreas de intervenção prioritária.
No evento, que decorreu no Largo do Município, o candidato à presidência da Câmara de Machico reafirmou o princípio que desde sempre norteou a sua vida política, nomeadamente o desejo de contribuir para a terra que o viu nascer e crescer.
Hugo Marques, que presentemente é vereador na autarquia, destacou o trabalho que foi feito nos últimos 12 anos de governação socialista, mas, acima de tudo, apontou ao futuro e aos desafios a ele ligados, assegurando que a equipa que lidera tem ideias, projetos, soluções e capacidade para concretizar. “Não é só agora que tenho ideias e não é desespero de manter poder que motiva a defesa dessas ideias. São os novos tempos que enfrentamos, são novas necessidades que surgem, são as urgências que as pessoas têm, para as quais, mais do que mensagens vagas, são necessárias ações realistas, projetos claros e exequíveis, capacidade de decisão e coragem e engenho para os executar”, afirmou.
No campo da habitação, o candidato do PS defende o aumento do índice de construção em determinadas zonas do concelho, em particular na cidade de Machico, preconizando a habitação coletiva em altura em zonas onde a orografia o permita, já que os terrenos livres são limitados. Hugo Marques quer captar mais investimento privado para que a oferta habitacional cresça em Machico e, entre as medidas que defende, destaca as cooperativas de habitação, para permitir que a classe média e os jovens – que trabalham mas não conseguem comprar uma casa – possam fazê-lo a preços acessíveis. Para o efeito, compromete-se com a cedência de terrenos municipais e com os respetivos projetos.
No que se refere à mobilidade, o socialista defende mais espaço para as pessoas no centro, apostando, por isso, na criação de mais estacionamentos na periferia. O objetivo passa por duplicar os lugares à entrada da cidade, junto à rotunda da BP, no início da estrada da Queimada e nos Jardins da Graça (com a criação de um parque subterrâneo). A reposição dos dois sentidos de trânsito e a criação de um passeio pedonal panorâmico na estrada da Queimada são também propostas do PS.
No domínio da mobilidade, Hugo Marques defende ainda a promoção dos transportes públicos, bem como soluções de transporte a pedido para as zonas mais rurais, geralmente mais isoladas, como Santo António da Serra e Porto da Cruz.
Por outro lado, o candidato do PS à Câmara de Machico considerou que o concelho só poderá crescer, desenvolver-se e apresentar uma política de investimento público com mais rendimento para as pessoas, mais emprego e mais oportunidades de negócio “se conseguirmos valorizar a nossa capacidade no turismo e desporto de natureza, nas atividades náuticas, nos eventos mais sustentáveis, na cultura como uma identidade coletiva, legado e valores históricos”.
A valorização da cultura, os incentivos ao setor primário (agricultura e pescas) e a proteção do património natural, definindo capacidades de carga de visitação das zonas mais turísticas e criando o Geoparque de Machico, serão outras áreas merecedoras de particular atenção.
“Machico tem o potencial, tem as características que permitem um crescimento sustentado, com mais habitação, melhor mobilidade, mais cultura, mais rendimento, mas, para que isso seja uma realidade, têm de ser os machiquenses a decidir e a controlar o seu futuro”, declarou Hugo Marques. “Não devemos ser governados por interesses políticos, por pressão ou influência externa de um governo ou de um partido cujo objetivo, mais do que desenvolver o nosso concelho, é garantir um domínio territorial em toda a Região, pouco importado com aquilo que as pessoas precisam, mas sim com aquilo que permita garantir uma continuidade de troca de influências e controlo sobre as pessoas”, alertou.
Salientando que “em Machico mandam os machiquenses, e não as vontades externas e os favorecimentos de interesse político regional”, o candidato socialista garantiu que a equipa que lidera lança-se neste desafio para trabalhar pelas pessoas, e “não para contentar a liderança de um partido político ou para se subjugar a interesses económicos”.
Na ocasião, Hugo Marques apresentou os nomes que o vão acompanhar nesta candidatura à Câmara Municipal de Machico, nomeadamente Alberto Olim, Joana Vieira, Paulo Santos, Catarina Santos, Fátima Gouveia e João Franco, deixando também um agradecimento particular a Mónica Vieira, que é a mandatária da candidatura.
Endereçou ainda uma palavra de apreço ao autarca cessante, Ricardo Franco, que em 2017 o convidou para integrar a equipa candidata à Câmara de Machico, e aos colegas vereadores Nuno Moreira e Mónica Vieira.
De salientar que a lista do PS à Assembleia Municipal de Machico volta a ser encabeçada por João Bosco e que Pedro Viveiros é candidato à Junta de Freguesia de Machico, Emanuel Santos à do Caniçal, Magno Mendonça à de Água de Pena, João Paulo Mendes à do Porto da Cruz e Gabriel Gouveia à de Santo António da Serra.