Buscas por homem desaparecido em lagoa de São Miguel suspensas sem resultados

As autoridades deram hoje por concluídas, sem resultados, as buscas por um homem que está desaparecido desde quinta-feira nas águas da lagoa das Sete Cidades, na ilha de São Miguel, nos Açores, disse fonte dos bombeiros.

O homem de 57 anos foi dado como desaparecido pelas 15:40 locais (mais uma hora em Lisboa) de quinta-feira, depois de mergulhar na lagoa das Sete Cidades, onde se encontrava com um grupo de amigos.

As buscas, que foram suspensas na noite de quinta-feira, foram retomadas hoje de manhã pelas autoridades, com meios dos bombeiros e da PSP, mas sem resultados, segundo o comandante dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, Nuno Barbosa.

As buscas recomeçaram pelas 09:00 locais, com a utilização de um drone, antes do uso de meios motorizados “que mexem com os lodos e com os fundos da lagoa”.

Durante o dia foram empenhadas equipas de mergulhadores, usados drones na vigilância das margens, motas de salvamento e uma embarcação com uma sonda para “varrer o fundo” da lagoa e tentar localizar o corpo da vítima.

Nuno Barbosa disse à agência Lusa que todas as ações foram infrutíferas, devido à falta de visibilidade na água, à existência de lodo e à concentração de algas em alguns locais, pelo que as operações foram suspensas cerca das 18:00 locais.

As buscas serão retomadas pelas 09:00 locais de sábado, com a novidade da utilização de um drone submersível da Universidade dos Açores (que costuma ser usado para investigação científica no mar), “na expectativa de se conseguir ver alguma coisa”.

“Vamos aferir da sua eficácia em águas interiores. Sabemos que, em águas abertas, no mar, eles [investigadores] fazem investigação científica com recurso àquele equipamento”, salientou o comandante.

Estiveram hoje no local 20 operacionais (sendo 10 mergulhadores) das corporações de bombeiros de Ponta Delgada, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo e elementos da PSP.

O adjunto de comando dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, Fernando Infante, referiu à Lusa na quinta-feira que o homem, residente na ilha de São Miguel, estava no local com um grupo de amigos e desapareceu quando navegava numa embarcação vulgarmente designada por “gaivota” e decidiu mergulhar.

Os utilizadores das embarcações de recreio disponibilizadas no local “têm de andar com colete salva-vidas, que é obrigatório”, mas, “ao que parece, o senhor retirou-o para dar o mergulho”, indicou.

Segundo o Plano de Ordenamento da Bacia Hidrográfica da Lagoa das Sete Cidades, “a área de recreio balnear – praia, devidamente delimitada e sinalizada, deve ser a única localização onde é permitida a prática de natação e banhos”.

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