Desde as primeiras horas da manhã, o adro da Igreja de Nossa Senhora do Monte e o Largo da Fonte transformaram-se num ponto de encontro entre a fé e alegria popular, num retrato vivo de tradição que mantém acesa a devoção à padroeira do Funchal.
O aroma da vela queimada a misturava-se com o cheiro do bolo do caco e da própria natureza que abraça a zona, brindam todos os visitantes nesta que é uma manhã soalheira e convidativa à celebração.
Por esta altura, são muitas as pessoas que rumam em direção à igreja, levando em punho rosários e o mais variado tipo de velas. Uns oram baixinho, concentradas no momento, outros aproveitam para pôr a conversa em dia.
Fiéis, alguns vindos de longe, muitos em excursões, cumprem as suas promessas em silêncio, subindo a pé a escadaria que conduz ao santuário.
Maria do Rosário, de Santo António, não perde nenhum ano da festa e com um objetivo: “venho pagar promessas. Para o meu filho, para a minha filha e uma para mim”, disse ao JM, mostrando-se devota à Nossa Senhora do Monte.
Na zona mais profana da festividade, o ambiente também já começa a ganhar fulgor.As barracas exibem cores vivas e um misto de sabores, desde o tradicional bolo do caco com manteiga de alho até às bebidas que vão, com certeza, ajudar a refrescar o calor que já se faz sentir.
À porta da igreja, o som dos cânticos e o burburinho dos fiéis que se vão aglomerando no adro anuncia que a missa está proximo de começar.