19 arraiais ao mesmo tempo deixam comerciantes do Monte a sentir que o negócio não está forte como antes

Uma manhã sombria mas quente. O cheiro a carne de vinha d’alhos paira no ar. Muitos turistas olham para a larga frigideira que prepara a iguaria que deverá sair, aos montes, esta noite.

No Largo da Fonte, João Gonçalves começa com as primeiras vendas do dia. Já cá está desde a última terça-feira. As barracas terminam às 7 horas de amanhã. A parte profana da festa de Nossa Senhora do Monte não está, segundo este jovem, a corresponder às expetativas, muito embora confesse que é a primeira vez que trabalha neste arraial.

No ano passado, esteve em França. Mas a mãe e o irmão são veteranos nesta festa que conquista milhares e milhares de locais, emigrantes e turistas. E garante que as pessoas com quem fala, têm a mesma opinião.

Do Largo da Fonte, onde os comerciantes preparam-se para a maior noite da Festa, subimos até a Igreja. Uma subida onde já há o cheiro a velas queimadas por promessas feitas.

Em frente à Igreja, um grande aparato. A RTP prepara-se para transmissões em direto. Turistas e locais fotografam todos os pormenores. Não há carros de cestos, como já havia sido anunciado pela empresa.

A circulação automóvel e a pé ainda se faz sem constrangimentos.

Gonçalo Freitas, com uma barraca junto ao ponto de saída dos carros de cesto, faz um balanço positivo. Vendeu o suficiente para voltar. Mais acima, Luís Camacho, que já monta barraca no Monte há 20 anos, garante que tem carne que chegue até o fim da festa ( esta noite). Mas realça que o arraial não está a ser muito concorrido porque decorrem 19 eventos semelhantes ao mesmo tempo. Ainda assim, algumas mesas, pouco depois do meio dia, já estão cheias de gente a saborear a tradicional espetada.

Veja pormenores da festa na foto galeria de Joana Sousa.

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