Os trabalhadores do Centro de Abate da Região Autónoma da Madeira iniciaram hoje uma greve que se prolonga até ao dia 22 deste mês, estando o CARAM apenas com os serviços mínimos decretados pelo governo
Nelson Pereira, da Delegação da Madeira do Sindicato dos Trabalhadores de Funções Públicas e Sociais, disse que a adesão não é maior por causa dessa imposição, já que “os trabalhadores da linha de abate, da distribuição, até chegar ao produto final fariam greve”.
Salientando que o Sindicato só se sentará com a empresa para “negociar coisas concretas”, estando aberto para isso, o sindicalista lamentou que a reunião mantida o governo tenha sido “ilegal”, porque o objetivo foi garantir apenas os serviços mínimos, sem olhar às reivindicações dos trabalhadores. Não se negociou nada”.
Nessa linha, adiantou que o sindicato interpôs uma providência cautelar aos serviços mínimos, porque, justificou, de acordo com a lei, a empresa não se enquadra neste tipo de resposta do governo.
Nelson Pereira recordou os pontos que os trabalhadores querem ver revistos e atualizados, nomeadamente a tabela salarial, em que a maioria recebe apenas a Retribuição Mínima Mensal Garantida da Região, quando o salário mínimo já foi atualizado mais do que uma vez; o subsídio de risco para 20%; atualização do subsídio de alimentação e a atribuição do subsídio de frio.
Para além disso, ao longo dos anos não tem sido resolvido um problema que afeta a saúde dos trabalhadores, causado pelo excessivo peso que carregam. “Os trabalhadores têm de carregar às costas peças de carne que podem chegar aos 100 quilos”, alertou Nelson Pereira.
O Sindicato quer que as negociações sejam no sentido de calendarizar datas para resolver os pontos em causa, em prol dos trabalhadores.