O Grupo Parlamentar do PS critica aquela que considera ser uma gritante falta de planeamento e transparência do Governo Regional no que toca à área da Saúde, situação que, em muitos casos, acaba por comprometer a prestação dos devidos cuidados aos utentes do Serviço Regional de Saúde.
A deputada Marta Freitas dá conta de um longo histórico de falhas e queixas que têm vindo a ser tornadas públicas e que atestam a forma displicente como o Executivo tem vindo a tratar o setor.
Como refere a parlamentar, são cada vez mais frequentes as notícias a dar conta de equipamentos avariados nos hospitais, falta de materiais e de medicamentos, centros de saúde com instalações degradadas e equipamentos inutilizados, comprometendo a qualidade dos cuidados de saúde e não oferecendo condições dignas a quem recorre a estes serviços.
“A saúde é um direito fundamental e tem de merecer outra atenção por parte do Governo Regional”, afirma Marta Freitas, lamentando que o SESARAM ande a “propagandear o seu pioneirismo em determinadas áreas”, mas negligencie tantas outras. “O investimento na manutenção dos equipamentos existentes e das infraestruturas degradadas e a garantia de que não faltam profissionais, materiais e medicamentos são questões que têm de estar sempre salvaguardadas”, entende a socialista.
A deputada do PS não deixa também de apontar o dedo à “notória falta de transparência” com que o Governo Regional tem vindo a gerir o processo do novo hospital.
Como recorda, em outubro de 2024, o Executivo anunciou que o concurso para a terceira fase da obra iria ser lançado até ao final do ano. Contudo, só em abril deste ano é que o ex-secretário regional dos Equipamentos e Infraestruturas veio a público anunciar que o projeto da terceira fase do hospital estava praticamente concluído. “Como é que o Governo ia abrir o concurso se ainda não tinha o projeto pronto?”, interroga Marta Freitas, notando o facto de, como foi noticiado hoje, o atual secretário vir, novamente, anunciar o lançamento do concurso para a segunda quinzena deste mês.
A socialista não deixa também de se referir à nova Unidade Local de Saúde do Porto Santo, que deveria estar concluída em setembro, mas que, apesar dos constantes anúncios da retoma das obras, continua a não apresentar qualquer evolução.