Francisco Gomes criticou a Caixa Geral de Depósitos (CGD), após a divulgação dos resultados semestrais do banco, que voltaram a bater recordes históricos. A instituição bancária pública alcançou o maior lucro de sempre num primeiro semestre, num total de 893 milhões de euros, com as comissões a crescerem 0,4% face ao mesmo período do ano anterior.
“É absolutamente revoltante que um banco público se vanglorie de lucros recorde enquanto milhares de portugueses lutam para pagar contas, manter casas e garantir alimentação básica. A Caixa tornou-se um predador financeiro ao serviço de interesses privados e não do povo português”, denunciou, em comunicado, o deputado madeirense eleito à Assembleia da República.
Para o parlamentar, a atuação da CGD representa uma “traição à sua missão original”. Acrescenta ainda que este banco, “que deveria ser um instrumento de justiça social, converteu-se num motor de abuso económico. Não regula, não protege, não equilibra. Limita-se a explorar, tal como os outros.”
Francisco Gomes responsabiliza diretamente o governo da República por permitir que a CGD funcione “como qualquer banco privado, mas com a agravante de usar a bandeira do Estado para legitimar práticas abusivas”.
O deputado assegura que o Chega continuará a expor estas situações e a lutar por uma reformulação profunda da Caixa Geral de Depósitos. “Portugal precisa de um banco público que sirva os cidadãos e não que os esmague com comissões e lucros imorais. O modelo atual está falido e o povo está farto”, conclui.