“Montanha de bagagens” no Aeroporto de Lisboa, com 25 voos a partir sem as malas (com vídeo)

A greve dos trabalhadores da empresa de handling SPDH Menzies – antiga Groundforce – convocada pelo Sindicato das indústrias metalúrgicas e afins (SIMA), está a provocar “uma montanha de bagagens no aeroporto de Lisboa”, como descreveu o sindicalista Carlos Araújo. “Quem viaja a trabalho ou de férias não receberá a sua mala, irá ser decidido se a mala vai ter ao destino ou se aguardará pelo regresso”, expôs, em declarações à Rádio JMFM, dando conta desta consequência da paralisação por parte dos trabalhadores. Durante a manhã/início da tarde, 25 voos tinham partido do aeroporto Humberto Delgado sem as bagagens dos passageiros.

Recorde-se que esta é a primeira de cinco greves de quatro dias marcadas para os fins de semana até ao início de setembro. Em agosto, os períodos de greve estão agendados para 08 a 11, 15 a 18, 22 a 25 e 29 de agosto a 01 de setembro.

Em comunicado, o sindicato acusou a SPdH/Menzies de estar “a violar flagrantemente o direito à greve” para tentar “neutralizar os efeitos da paralisação”, recorrendo a “práticas ilegais” como a “antecipação forçada de turnos e convocação de trabalhadores em dias de folga”, a “substituição de grevistas por trabalhadores de empresas de trabalho temporário” e a “reorganização abusiva de escalas”.

“O SIMA está a recolher provas destas ilegalidades e vai apresentar queixas formais à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e ao Ministério Público, exigindo a responsabilização dos dirigentes da Menzies/SPdH”, referiu.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o fim de salários base abaixo do salário mínimo nacional, o pagamento das horas noturnas, melhores condições salariais e a manutenção do acesso ao parque de estacionamento nos mesmos moldes anteriores.

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