Marta Sofia, candidata à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal do Funchal, manifestou hoje, em comunicado, aquela que diz ser uma “forte preocupação e indignação” face às recentes declarações de Miguel Albuquerque, relativamente à utilização de helicópteros para fins turísticos.
Para a candidata, esta proposta é “reveladora de uma inversão grave de prioridades, especialmente num momento crítico do ano em que o risco de incêndio florestal é elevado”. Marta Sofia destaca que, ao mesmo tempo em que se anunciam ideias voltadas para o turismo de luxo, o Governo Regional “optou por cancelar o concurso para a aquisição de um novo helicóptero de combate a incêndios”.
“Quando se cancela um helicóptero para proteger vidas e se fala num helicóptero para passeios entre campos de golfe, percebemos bem quem este Governo serve — e não, não são os bombeiros, nem os madeirenses que enfrentam os incêndios”, afirmou Marta Sofia.
A candidata sublinha ainda que, numa região com vastas áreas florestais, acessos difíceis e comunidades vulneráveis, “a existência de meios aéreos de combate a incêndios não é um luxo — é uma necessidade”. “A ausência de reforço destes meios compromete não apenas a segurança da população, mas também a preservação do património natural da ilha”, acrescentou.
Segundo Marta Sofia, a proposta de utilizar helicópteros para fins turísticos, ao mesmo tempo que “se desiste de reforçar a Proteção Civil, é um símbolo claro do modelo de governação atual: centrado nos interesses de poucos e alheado das necessidades da população”.
“O helicóptero que falta não é para passeios entre campos de golfe — é para apagar fogos, proteger vidas e defender o nosso património natural”, conclui.
“A Madeira está a ser feita para turismo e habitação de luxo enquanto os madeirenses contam tostões para puderem ir ao supermercado ou pagar rendas. Estamos perante uma governação que não quer priorizar os problemas estruturais da região , nem população ou dar dignidade. É um absurdo o que se está a assistir neste momento na nossa ilha”, condena.
“A pergunta que todos devem fazer é: foi para isto que elegeram Miguel Albuquerque novamente? Para um governo que abandona a proteção civil e prioriza projetos de luxo, acessíveis apenas a uma elite?”, questiona.
Marta Sofia apela a uma mudança “urgente” de rumo político na Madeira, defendendo uma governação com prioridades claras, onde a segurança das pessoas e a proteção do território estejam no centro da ação pública.