A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, está hoje na Madeira para a assinatura de um protocolo que reforça o alinhamento entre o Plano Nacional de Saúde e o Plano Regional de Saúde, com a meta de 2030.
Esta manhã, em declarações aos jornalistas à margem da apresentação do protocolo e objetivos do mesmo, numa sessão no auditório do Colégio dos Jesuítas, Rita Sá Machado, referiu que Plano Nacional de Saúde funciona como uma “bússola” para definir as prioridades de saúde do país, sendo essencial garantir que o trabalho desenvolvido no continente e na Madeira siga uma metodologia comum, de forma a servir toda a população portuguesa.
A responsável sublinhou a importância de Portugal funcionar como um todo coeso na área da saúde. Para Rita Sá Machado, é fundamental que as necessidades da população sejam identificadas através de uma metodologia única, permitindo que as estratégias de intervenção sejam adaptadas às especificidades de cada região. O objetivo é maximizar o impacto das políticas de saúde, assegurando os melhores resultados para todos os portugueses.
Questionada sobre as principais orientações do Plano Nacional de Saúde, Rita Sá Machado destacou o conceito de saúde sustentável. Isto implica escolhas saudáveis em todas as esferas do quotidiano: alimentação, atividade física e ambientes saudáveis, tanto exteriores como interiores. A diretora-geral da Saúde salientou ainda que a política de saúde não se restringe ao setor da saúde, mas deve estar integrada em todas as políticas públicas, refletindo um compromisso transversal com o bem-estar da população.
Um dos exemplos práticos apresentados foi o Plano de Apoio à Saúde Sustentável (Passos), que identifica e apoia projetos inovadores a nível nacional. Rita Sá Machado referiu o envolvimento do Instituto de Segurança Social, que desenvolve um projeto específico para idosos, com foco na saúde sazonal — protegendo a população mais vulnerável dos impactos do calor e do frio. Estes projetos, muitas vezes associados a outros setores, são considerados fundamentais para reforçar a política de saúde sustentável.
Por fim, a diretora-geral da Saúde avaliou de forna positiva o trabalho desenvolvido na Madeira, destacando a continuidade e a sustentabilidade das ações na área da saúde. Sublinhou o alinhamento da região com os grandes programas nacionais, como o Programa Nacional de Vacinação, o Programa de Saúde Materna e o Programa de Saúde Infantil. Rita Sá Machado afirmou que o estado de saúde na Madeira não apresenta grandes diferenças em relação ao continente, reforçando a ideia de que a avaliação da saúde dos portugueses engloba todas as regiões, incluindo as ilhas.
A concluir, a responsável reiterou o compromisso de promover políticas de saúde integradas, alinhadas e sustentáveis em todo o território nacional, reafirmando que todos os portugueses devem beneficiar das melhores estratégias de promoção da saúde. “Nós temos um estado de Saúde que todos conhecemos, não existem grandes diferenças do ponto de vista da região autónoma da Madeira ou do continente. Quando nós avaliamos o estado de Saúde dos portugueses, avaliamos em toda a sua dimensão, ilhas incluindo”, clarificou.
Por seu turno, a diretora regional da Saúde, Bruna Gouveia, enalteceu a importância do protocolo assinado, pelo objetivo de promover a articulação entre a DGS e a DRS, “no sentido de participarmos nos programas nacionais de saúde e alinhar as estratégias regionais com o planeamento nacional”. Como classificou, “é uma alavanca na articulação” entre as direções nacional e regional.
Bruna Gouveia salientou que as entidades envolvidas trabalham com as mesmas estratégias, sendo importante “potenciar sinergias, utilizar e partilhar experiências e boas práticas, com vista às melhores políticas para uma melhor saúde para toda a população”.
O acordo pretende alinhar o trabalho das equipas técnicas da DGS e da DRS, estando aberta a possibilidade de serem estabelecidos protocolos específicos em áreas prioritárias, como nas áreas das doenças cardiovasculares, oncológicas, respiratórias, entre outras, que concentram as maiores preocupações no estado de saúde da população.