Na continuação da audição à responsável pela comissão dos trabalhadores da RTP, em sede de comissão especializada de Educação, Desporto e Cultura, Sancha Campanella, do PS, questionou sobre se os trabalhadores temem que a perda de autonomia represente que a RTP caminhe para uma estrutura minimalista do canal. Gracinda Silva admitiu que sim. Receia que o canal venha a ter apenas as antenas para programas exteriores, esvaziando a produção regional e o serviço público, com a apresentação de programas que dizem respeito aos madeirenses.
“Neste momento, não temos programa de educação ambiental” e “precisamos de muito mais para aproximar os jovens”, disse Gracinda Silva, com a ressalva de ter apontado os programas ‘Madeira profunda ‘ e o ‘Será que sabes?’.
Nas respostas aos deputados, a porta voz dos trabalhadores admitiu que “sim, temos muito medo do desmantelamento da RTP Madeira”.
Instada ainda sobre se a direção tomou a decisão devido a saída de dois profissionais da emissão da RTP Madeira e se será provisória ou definitiva, a representante dos trabalhadores disse que os responsáveis informaram que este era “um dado resolvido e decidido”. Entende que havia solução para as duas vagas deixadas na emissão.
Já Manuela Gonçalves, do Chega, questionou sobre o impacto que a centralização da gestão da emissão em Lisboa coloca e se há risco de o canal madeirense fechar.
Gracinda Silva entende que o verdadeiro impacto e está que na justificação dada pela direção. Ou seja, “Se foi porque saíram duas pessoas, podem sair mais 10 de posições fulcrais. Vamos fechar esses serviços?”