TAP: PR foi previamente informado e considera posição do Estado salvaguardada

Marcelo Rebelo de Sousa durante a intervenção numa receção com a comunidade portuguesa na embaixada de Portugal em São Tomé e Principe no âmbito da visita do Presidente da República por ocasião das Comemorações dos 50 Anos da Independência de São Tomé e Principe

O Presidente da República afirmou hoje que foi previamente informado pelo primeiro-ministro do processo de privatização de 49,9% da TAP e considerou que a posição do Estado na empresa está salvaguardada, assim como a dos trabalhadores.

Interrogado pelos jornalistas, em São Tomé e Príncipe, se este processo de privatização tem o seu apoio, Marcelo Rebelo de Sousa começou por responder: “Eu, quando se colocou a questão em governos anteriores, achei que, na situação vivida naquela altura, já era uma situação não só a única possível como quase inevitável. E esteve praticamente para se concretizar”.

“Agora é uma solução, primeiro, que salvaguarda a posição dos trabalhadores. Segundo, que salvaguarda a prevalência de Portugal e do Estado português, porque é minoritária a parte estrangeira, seja de um ou de dois dos candidatos ou três, os que forem. Depois, porque há certamente uma preocupação de encontrar uma solução que seja rápida, mas também muito respeitadora de procedimentos”, acrescentou.

Questionado se teve conversas com o Governo sobre esta matéria, o Presidente da República referiu que foi previamente informado por Luís Montenegro: “Claro, claro. O senhor primeiro-ministro foi – como o primeiro-ministro anterior tinha sempre sido – impecável. Isto é, apresentou o plano todo antes de, primeiro, o submeter ao Conselho de Ministros e, depois, de o anunciar aos portugueses”.

Quanto à possibilidade de se recuperar o dinheiro investido na companhia área, o chefe de Estado defendeu que “é prematuro estar a falar em valores”, tendo em conta a conjuntura internacional, e que é preciso “esperar para ver”, mas argumentou que a companhia aérea portuguesa tem um “valor estratégico”, pela “localização portuguesa”, com “rotas que são muito especiais e muito únicas, que é o caso por exemplo do Brasil ou de África”.

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