JPP acusa PSD e CDS de “traição” e Chega de “falácia”

A proposta do Juntos Pelo Povo (JPP) para que os residentes na Madeira passassem a pagar somente 79€ e os estudantes 59€, nas viagens aéreas entre a Madeira e o continente, 119€ e 89€ no caso dos Açores, foi hoje rejeitada na Assembleia da República, facto que deixou o deputado Filipe Sousa indignado.

O autor do Projeto de Resolução do partido e responsável pelo agendamento parlamentar que permitiu trazer o tema do subsídio social de mobilidade ao plenário do Parlamento nacional declarou que o seu partido fez o que lhe competia, e acrescenta que “o mérito de trazer ao debate uma proposta que esteve cinco anos ignorada pelo PSD, CDS, PS, mas também pelo Chega, ninguém nos tira”.

Filipe Sousa diz que a população da Madeira e Porto Santo tem de retirar “ilações” do que se passou esta sexta-feira na Assembleia da República. Explica onde quer chegar. “Em coerência com o que afirmei antes, o JPP não votou contra nenhuma das outras seis propostas porque quer que o Estado corrija esta injustiça”, sublinha. “Mas o PSD/CDS votaram contra todas elas. O alerta que faço é o seguinte: a população tem de saber que PSD/CDS enganam os madeirenses, são contra a autonomia, dizem que querem resolver o subsídio de mobilidade, mas não falam senão da plataforma digital, que vai continuar a obrigar ao pagamento integral das viagens, portanto PSD/CDS mentem, dizem uma coisa na Madeira apenas para ganhar votos, chegam a Lisboa agacham-se vergonhosamente aos interesses dos diretórios nacionais dos seus partidos”.

Mas há ainda um outro aspeto destacado pelo deputado do JPP. “O Chega é outra falácia”. “Foi outro dos partidos que só se mexeu depois do o JPP ter apresentado o Projeto de Resolução, e hoje, na votação, absteve-se na proposta do JPP, mas votou a favor da proposta do PSD, que até é contrária à proposta que eles apresentaram no que concerne a pagar apenas o valor do subsídio, enquanto a do PSD nem prevê que essa situação seja corrigida, e, em bom rigor, o Chega tem esta facilidade para a incoerência, pelo que ficamos todos sem perceber se quer a plataforma do PSD, que nada resolve, ou se quer que os madeirenses deixem de ser fiadores do Estado”.

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