A última análise de dados da eXp Portugal, divulgada hoje, revela uma queda alarmante de 9,1% nos anúncios de imóveis residenciais entre janeiro e junho do corrente ano, marcando uma contração a nível nacional.
Segundo a mesma fonte, a Madeira foi das regiões que registaram uma queda mais acentuada. Está, alias, em primeiro lugar, com os anúncios a diminuírem 12,4%. A oferta é particularmente reduzida na capital madeirense. Logo a seguir, surge Setúbal, que abrange partes das regiões de Lisboa e Alentejo. Coimbra ocupa a terceira posição, e Porto vai no quarto lugar, com uma redução de 10,7%.
Em oitavo lugar está Lisboa, em que a redução foi de 8%.
Por outro lado, Castelo Branco registou a menor variação, com os anúncios praticamente estáveis. A redução foi de 0,3 %.
“A queda acentuada do parque habitacional em todas as regiões — principalmente na Madeira, na Grande Lisboa e no Porto — deve servir como um sinal de alerta para muitos compradores no que diz respeito à acessibilidade futura”, diz o diretor da eXp Portugal, João Miguel Louro.
“Com a oferta a diminuir e a procura ainda forte, os compradores enfrentam uma concorrência crescente, o que inevitavelmente levará a um aumento do valor dos imóveis, se não houver um afluxo suficiente de novas casas no mercado”, prossegue ainda.
“Embora as condições do mercado continuem saudáveis, precisamos urgentemente de mais novas construções para ajudar a equilibrar o mercado e apoiar o crescimento sustentável.”, diz.
De acordo com os últimos dados, Portugal continental registou um aumento de 6,6% trimestral nos preços das casas no primeiro trimestre de 2025 — o maior aumento desde 2007 — com taxas de crescimento anual a atingir 15,8% em março, impulsionado pela oferta restrita e pela forte procura por parte dos compradores.
Além disso, segundo o eXp, o Índice de Preços da Habitação do INE para 2024 mostra um aumento de 9,1 % em relação ao ano anterior nos preços dos imóveis – as habitações existentes subiram 9,7 % e as novas construções 7,5%.