Na continuação dos trabalhos no plenário de deputados regionais, o JPP, pela voz de Élvio Sousa, apresentou um voto de protesto contra as “declarações profundamente anti-autonomistas do candidato presidencial Almirante Gouveia e Melo”, em recente visita â Madeira, sobre não considerar necessária a ligação por ferry entre a Região e o continente.
O líder parlamentar do JPP entende que o almirante “reduziu as aspirações dos madeirenses a cinzas”, e fere o princípio da continuidade territorial.
Da parte do PSD, Jaime Filipe Ramos classificou o voto como sendo de “censura contra o pensamento próprio. Isso é perigoso, este voto de censura”, vincou. O social-democrata aproveitou para comentar que o JPP “tem vergonha do hino da região”.
Gonçalo Maia Camelo, do IL, também não concordou com o teor das declarações do candidato, mas entende que se tratam apenas isso mesmo, não sendo matéria concreta, pelo que não votará a favor do voto de protesto, já que é a favor da liberdade de expressão.
Miguel Castro, do Chega, sublinhou que o JPP sente “azia” pelas declarações do candidato, mas não considera que as mesmas sejam motivo para voto de protesto.
Victor Freitas, do PS, que lembrou que para o ano não só se realizam eleições presidenciais, como também se comemoram os 50 anos de Autonomia regional, disse que concorda com o voto de protesto.
Sara Madalena, do CDS, não se revê nas declarações do Almirante Gouveia e Meio, sendo a favor de um meio alternativo de ligação. Mas, não considera que a opinião do candidato seja motivo para um voto de protesto.