O candidato a Presidente da República, Henrique Gouveia e Melo, não vê impedimentos para que o cargo de representante da República se mantenha e até acha que “há problemas mais importantes” para resolver.
“Eu julgo que a função tem a sua relevância. É uma função que não me parece que crie algum problema e há coisas muito mais importantes e estruturantes que nos devemos preocupar”, disse hoje o almirante Gouveia e Melo, após uma visita rápida às obras do novo Hospital Central e Universitário da Madeira.
O almirante Gouveia e Melo está na Região para uma visita de três dias, o último dos quais será ao Porto Santo. Ainda sobre a continuidade do cargo de representante da República na Madeira, que vários partidos políticos defendem há anos a sua extinção, nomeadamente o PSD, que suporta o Governo Regional, o candidato presidencial assumiu que não vê problema na sua permanência.
“Não vejo nenhum problema nisso. Julgo também que não é um problema que retire, sequer, autonomia ou contribua de forma negativa para alguma coisa”, assinalou. Para Gouveia e Melo, o representante da República “é uma forma de a Presidência estar informada do que se passa na Região e de ele próprio ser um fator de investimento e desenvolvido da Região, porque conhece os problemas e fará as pressões que considerar adequadas”.
O almirante disse ainda não ter preferência sobre a naturalidade do próximo representante da República e excluiu haver um critério preferencial para um madeirense. “Deve ser um bom português. Eu não distinguido os portugueses pelo local de nascença. Eu nasci em África. Se fosse distinguir os portugueses pelo local de nascença, nem estaria aqui”, respondeu.