Em vésperas dos 50 de Autonomia – III

As prioridades dos meus dez Governos foram:

1. Investimento público para alcançar:

A. mais Emprego:

B. Estabilidade social;

C. Justiça Distributiva.

2. Política apontada à Dignificação dos Recursos Humanos:

A. ENERGIA;

B. ACESSIBILIDADES INTERNAS E EXTERNAS;

C. SAÚDE E SOLIDARIEDADE SOCIAL;

D. EDUCAÇÃO;

E. HABITAÇÃO;

F. ÁGUA, SANEAMENTO BÁSICO e AMBIENTE;

G. REFORMA AGRÁRIA;

H. CULTURA;

I. INOVAÇÃO E CIÊNCIA;

J. PORTO SANTO.

Referir, entre outros muitos aspectos para os quais aqui não há espaço jornalístico que, por exemplo, dos 500 Estabelecimentos de Ensino hoje existentes, 250 foram da responsabilidade dos meus Governos. Objectivo não apenas o Ensino, mas também facultando áreas para indispensáveis Cultura e Desporto, sobretudo fixar Quadros, no caso Professores, em todas as áreas do arquipélago.

Fizeram-se 51 Centros de Saúde em 54 Freguesias. A mortalidade infantil que, em 1978, era de 36 por mil, em 2015 era 3 por mil. De 1978 a 2015 passámos a contar com mais 355% de Médicos, mais 302% de Enfermeiros e mais 323% de Farmacêuticos.

Em 2015, entre 10 a 15% da população eram inquilinos do sector público. Em 1978, os alojamentos familiares clássicos, no arquipélago, eram 65.000, em 2015 eram 129.600.

Em 2015, 98% da população da Madeira e 100% da do Porto Santo beneficiavam de água potável. Dois terços do arquipélago foram colocados sob a proteção legal de áreas protegidas.

Entre 78 e 2015 montaram-se catorze novos espaços destinados à Cultura.

O número de Turistas por ano, em 1978 foi 300 mil, em 2015 já um milhão.

A única Reforma Agrária que se fez em Portugal com êxito e absolutamente pacífica, foi na Madeira com a extinção do regime de Colonia. Hoje, grande parte, por exemplo do Alentejo, está nas mãos de capitalistas estrangeiros.

O valor do sector agro-pecuário, em 2000, era de 84,5 milhões de euros. Era 135 milhões já em 2012. O rendimento médio do minifúndio madeirense era 5.817 euros anuais em 2000, mas 9.925 euros em 2009. As explorações agrícolas foram-se emparcelando sem medidas de coacção, eram 29.876 em 2000 e já 12.611 em 2009. Felizmente a população agrícola diminuiu de 129.231 em 1977, para 40.760 em 2009. Fizeram-se 70 grandes reservatórios de água para acabar com a injustiça da rega noturna.

Só em infraestruturas marítimo-portuárias, os meus Governos investiram 491 milhões de euros em 50 novas.

O maior número e a qualidade de estradas permitiram reduzir o custo dos combustíveis nos orçamentos familiares e fazer um novo ordenamento de um território cuja capital concentra metade da população total.

Os dois aeroportos foram transformados em intercontinentais, com gares novas, no da Madeira uma pista nova e aumento da do Porto Santo.

A Universidade é fundamental para a Inovação e a Ciência.

Aliás é impensável a sustentação de um regime de Autonomia Política sem a institucionalização de uma Universidade no território.

Não apenas destinada ao Conhecimento e seu Ensino, mas interagindo com o meio comunitário, sobretudo nas Empresas e, no caso específico da Madeira, vocacionada muito para o Mar. Situação de que Portugal e a União Europeia só poderão reter proveito.

Uma Universidade de APRENDIZAGEM e de DEBATE LIVRE e não reacionariamente preocupada em unilateralizar-se como facção na dialética das Causas Políticas.

A Universidade da Madeira é decisiva para o futuro que temos o Direito de querer para o nosso Centro Internacional de Negócios. Inovação e Novas Tecnologias são a base para a pretensão de sermos uma “Singapura no Atlântico”, boicotada internamente até pelos serventuários dos “interesses” que dominam os directórios dos partidos de Lisboa.

O Princípio da Excepcionalidade que conseguimos inserir no Tratado Europeu, para as Regiões Ultraperiféricas, mata os argumentos dos favores de Lisboa e dos seus cúmplices locais às praças europeias concorrentes.

Se repararam, nas dez prioridades estratégicas de governação estabelecidas em 1978, o Porto Santo, com sucesso, constituiu um vector separado próprio, dada a sua extrema complexidade.

Na sequência do planeado e executado durante 37 anos, em 2015 eu havia presidido a 4.870 inaugurações públicas e privadas (refiro apenas as em que estive, ou um meu Colega de Governo). Significa que nesses 37 anos dos meus 10 Governos, a Madeira, PELO MENOS, teve alguma coisa nova em cada DOIS DIAS E MEIO.

O Direito Natural do Povo Madeirense à Autonomia Política, está reforçada pela capacidade que demonstrámos em utilizá-La. Esta CAPACIDADE constitui o nosso “CAPITAL MORAL”.

(CONTINUA)

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