Os órgão de Polícia Criminal (OPC) apreenderam mais de 14 kg de heroína e mais de 9 mil comprimidos de ecstasy em 2024.
Segundo o relatório anual da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, que foi divulgado recentemente pela Polícia Judiciária (PJ), a Madeira esteve na linha da frente nas apreensões de substâncias ilícitas, sobretudo no que diz respeito à heroína e ao ecstasy.
Lisboa liderou em termos de quantidade de heroína apreendida, com 52,41 kg (55,6% do total nacional), logo seguida da Madeira, que registou 14,97 kg (15,9%) do valor apreendido em 2024.
Este valor coloca a RAM como o segunda zona do país com maior volume de apreensões deste tipo de droga, ficando à frente do Porto (13,96 kg) e de Faro (7,18 kg), por exemplo.
Apesar de os números absolutos de apreensões serem inferiores (menos de 50 casos), o volume apreendido revela operações significativas no arquipélago por parte das autoridades.
O documento elaborado pela PJ diz, ainda, do crescimento muito expressivo das apreensões de ecstasy. Tratou-se, em 2024, de um aumento de 138,3% face ao ano anterior. No território português foram apreendidas 217.053 unidades, sendo que a Madeira a contribuiu com 9.319 comprimidos apreendidos (4,3% do total), um valor semelhante ao de Setúbal.
Mais uma vez, Lisboa liderou as apreensões desta substância com 95.811 comprimidos (44,2%), seguida do Porto (75.067 – 34,6%).
674 indivíduos foram intervenientes identificados no tráfico de ecstasy, em todo o país. A faixa etária predominante continua a ser a dos 21 aos 29 anos.
A Polícia de Segurança Pública (PSP), também aqui na RAM, manteve-se como a principal força responsável pelas apreensões e detenções de indivíduos. A nível nacional chegou aos 52,4% dos detidos. Este valor, no entanto, representa uma descida face ao ano anterior (63,8%). Já a Guarda Nacional Republicana (GNR) aumentou a sua representatividade para 37,9%, tal como a PJ também aumentou, passando para 7,5% das detenções nos país.
Especificamente ao ecstasy, a PSP também foi o órgão de Polícia Criminal (OPC) que mais apreendeu (77%), seguida da PJ (13,5%) e da GNR (9,4%).
Relativamente a outras substâncias, foram registadas 21 apreensões de cocaína, que resultaram na apreensão de 5,163 kg. A quantidade apreendida é relevante face a alguns distritos do continente, por exemplo, apesar de ser uma quantidade pequena.
Passando à canábis, no caso a haxixe, as OPC na Madeira registaram 34 apreensões, com um total de 93,5 kg. Embora em menor escala do que anos anteriores, estes valores mostram a presença constante desta droga no arquipélago. Porém, está em menor escala do que comparada com as apreensões realizadas de heroína e ecstasy.
Os dados estatísticos apresentados pela PJ baseiam-se nos formulários (TCD – Modelos A e B), que foram recolhidos até 17 de janeiro de 2025.