Jornadas 2025: São Roque pede mais verbas para as juntas, lembrando funções de “psicólogos, confidentes e mediadores”

Nas Jornadas Madeira, evento organizado pelo JM e pela Rádio JM, e que está a ser transmitido no nosso site e no canal Naminhaterra.com, segue-se as intervenções dos presidentes das juntas de freguesia, desta feita, de São Roque.

Pedro Gomes reclamou de mais verbas para as autarquias locais, comentando que a lei contempla uma extensa lista de obrigações no desempenho das nossas funções.

“O legislador, no âmbito das suas capacidades, definiu, com muito rigor, tudo aquilo que considerou que as juntas deveriam desenvolver. Só o Estado, quando todos os anos elabora o orçamento, não contabiliza todas as despesas que as competências materiais no seu art.º 16 da Lei n.º 75/2013 define”, lamentou o autarca, defendendo que o modelo de financiamento das juntas de freguesia tem de ser revisto. A seu ver, os próximos autarcas darão continuidade a essa luta, lembrando também o papel da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), da qual faz parte.

“Mas o papel da Junta ultrapassa e muito o apresentado na Lei. O presidente da Junta é, muitas vezes, o Psicólogo, o companheiro, o amigo, o confidente, o reconciliador e o mediador. Para o presidente da Junta não existem horas de entrada, horas de saída, nem muitos sábados e domingos de descanso. Mas se queremos prestar um bom serviço, temos de ter uma proximidade e humanidade grande”, vincou o autarca em final de mandatos, sustentando que “as pessoas (os nossos fregueses) são a nossa motivação para um trabalho que chega ao coração, no meu caso, das pessoas de São Roque. Não foi por acaso que o meu slogan foi ‘São Roque no Coração’”.

Depois de apontar o trabalho de proximidade e do “cuidar dos meus”, ao longo dos 12 anos, Pedro Gomes falou de trabalhos desenvolvidos, com um conjunto significativo de obras de proximidade.

“Cimentamos, reparamos, construímos, muitos becos e veredas, melhoramos muitos acessos pedonais, em que a mobilidade, especialmente dos mais idosos, ficou facilitada.

Construímos quilómetros de varandas/corrimões, será difícil percorrer a freguesia e não encontrar uma qualquer inclinação com uma varanda.

Abrimos algumas entradas, que hoje até já são estradas. Limpamos a freguesia de alto a baixo, ruas, entradas, becos, veredas. Cuidamos dos nossos jardins. Continuamos a manter o mobiliário urbano”, enumerou. Trabalhos feitos por várias pessoas, a maioria residentes de São Roque. “Sempre foi importante para nós dar emprego a quem reside em São Roque”.

Na área social, com foco nos mais desfavorecidos, disse que foram distribuídos 2796 cabazes alimentares, apoio material a 264 fregueses, apoio material escolar a 252, Bolsas de Estudo para Estudantes Universitários a 36 e apoio à medicação a 180, para além da colaboração com outras instituições como “A Junta é uma porta aberta para todos, mesmo para todos, tal como dizia o Papa Francisco”, vincou Pedro Gomes, que aproveitou para agradecer à Câmara Municipal do Funchal pela construção de novos arruamentos na freguesia e a “assinatura do contrato interadministrativo robusto”, com uma verba significativa para uma verdadeira descentralização de poderes.

O presidente da junta de Freguesia agradeceu também ao governo regional “por ter desenvolvido um conjunto de investimentos na Freguesia que melhoraram a mobilidade nas zonas altas, como também as tornaram mais seguras, entre o perímetro urbano e florestal”.

A finalizar, se lhe perguntassem se está satisfeito, a sua reposta seria “sim e não”. “Por acaso já viram algum presidente da Junta satisfeito? Está sempre a reivindicar”, enfatizando que este foi um mandato de “grande investimento na freguesia”.

Como nota final, uma mensagem e agradecimento aos “funcionários da minha junta de freguesia e colegas do Executivo pelo grande mandato que todos eles fizeram”.

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