D. Nuno Brás presidiu esta quinta-feira, no Largo do Colégio, à solenidade do Corpo de Deus, deixando uma mensagem de fé, coragem e transformação através da Eucaristia.
Na homilia proferida durante a celebração eucarística, o Bispo do Funchal sublinhou que neste Ano Santo, os cristãos são convidados a viver como “peregrinos de esperança”, numa caminhada espiritual sustentada pelo “verdadeiro alimento” que é o pão da Eucaristia.
“Olhamo-nos ao espelho e questionamos: porque sou como sou? Porque não sou diferente? Como posso ser melhor? E percebemos, também, que juntos, em sociedade, somos capazes de ser mais e de ser melhor” , afirmou D. Nuno Brás, reforçando a dimensão comunitária da fé cristã.
O prelado lembrou que é a morte e ressurreição de Jesus que constitui a Igreja, oferecendo a cada pessoa um novo modo de viver, alimentado pela força de Deus que caminha “ao nosso lado e em nós”.
Questionando o rumo da humanidade, D. Nuno frisou que até a ciência reconhece que o universo terá um fim, mas a fé revela que esse fim será o encontro com Deus, “que é Amor”.
“Seremos julgados, iluminados pelo amor. Nesse momento, ficarão a nu os nossos pecados, as nossas faltas de amor. Seremos julgados com amor porque Deus não sabe ser de outro modo. Mas não nos iludamos porque jamais o amor pactua com o ódio, com a inveja, com o egoísmo, com a guerra”, frisou.
A Eucaristia, destacou, é fonte de força sobre-humana que transforma o coração e molda-o à imagem de Cristo, promovendo o amor, o sacrifício, a entrega e o cuidado com o próximo.
Eucaristia dá-nos os olhos de Deus para vermos com os olhos da fé, para percebermos, discernirmos o caminho a percorrer: que fazer com o dom da vida que Deus nos oferece em cada dia; que direção tomar; que forças empregar no caminho”, disse.
O Bispo sublinhou ainda o papel da Eucaristia em todas as fases da vida: aos jovens, dá resiliência e coragem para não desistirem; aos mais velhos, oferece ânimo para continuar a transformar o mundo, semeando esperança.
“Deixemos que a Eucaristia nos alimente, a nós que somos ‘peregrinos de esperança’. (…) levemos o Senhor em procissão pelas ruas da nossa cidade”, apelou, referindo-se à tradicional procissão que percorreu as artérias do Funchal logo após a missa.
D. Nuno concluiu convidando todos a caminhar com Deus, que “tem apenas um desejo: caminhar connosco, salvar-nos”.