O Diagnóstico Social de Câmara de Lobos, pioneiro na Região Autónoma da Madeira, é um instrumento metodológico de planeamento estratégico que já vem sendo implementado em Portugal Continental, no âmbito da medida Rede Social. A primeira versão deste diagnóstico, apresentada em 2016, revelou-se crucial para o planeamento de medidas e a definição de áreas prioritárias de intervenção no concelho, com base no conhecimento detalhado da realidade local.
O presidente da Câmara Municipal, Leonel Silva, sublinhou a importância desta atualização do diagnóstico para a ação da autarquia: “Este Diagnóstico Social é vital para o nosso trabalho. Permite-nos ter um conhecimento aprofundado do nosso território, identificar as necessidades mais prementes e planear políticas que respondam eficazmente aos desafios que enfrentamos. Com este novo diagnóstico, poderemos continuar a promover o desenvolvimento social e a melhorar a qualidade de vida dos nossos munícipes.”
À semelhança da metodologia utilizada na primeira versão, a atualização do diagnóstico recorreu a uma abordagem partilhada e interdisciplinar, com o contributo das forças vivas locais e o input direto de 989 residentes, provenientes de todas as freguesias, que participaram através de inquéritos online e grupos de discussão. Este processo colaborativo resultou num documento estratégico que servirá de suporte à definição das futuras políticas municipais.
Coordenada pela EAPN – Rede Europeia Anti-Pobreza, a elaboração desta revisão envolveu a implementação de um plano de intervenção rigoroso que conduziu a um levantamento e tratamento aprofundado dos dados. A recolha de dados decorreu durante um ano, entre maio de 2023 e maio de 2024.
Além do diagnóstico geral centrado no município, foram também realizados diagnósticos específicos para cada freguesia, proporcionando um retrato mais detalhado e permitindo a adoção de estratégias que promovam a coesão territorial em todo o concelho.
O diagnóstico atualizado incide sobre oito áreas chave: Território e População; Saúde; Habitação, Acessibilidade e Mobilidade; Educação e Formação; Mercado de Trabalho e Rendimento; Proteção Social; Proteção Civil e Segurança Pública; Tempos Livres, Cultura, Lazer e Cidadania. A metodologia utilizada foi de investigação-ação bidimensional, combinando a recolha e análise de dados estatísticos (quantitativa) com contributos de uma equipa multidisciplinar (qualitativa).
“Esta atualização do Diagnóstico Social permite-nos avaliar o impacto das políticas implementadas desde 2016 e ajustar as nossas estratégias para melhor responder às necessidades atuais. É um passo fundamental para garantir que as nossas ações sejam eficazes e alinhadas com as expectativas e necessidades da nossa comunidade”, concluiu Leonel Silva.