Ilhas ‘Encantadas’ como a alma e essência da sua gente

Foi apresentado esta terça-feira, na Quinta das Cruzes, o livro ‘Encantadas – Madeira e Porto Santo’, uma iniciativa da Associação de Promoção da Madeira que pretende revelar a essência do arquipélago através de uma abordagem literária, poética e sensorial. Com textos de Graça Alves e fotografias de diversos autores, a publicação alia tradição e inovação, conjugando palavras intemporais com ferramentas tecnológicas que permitem uma leitura em constante atualização.

“’Encantadas’ é um livro que não é propriamente um livro turístico, não é um livro de história, de geografia”, explicou Graça Alves durante a apresentação. “É um livro que tenta apresentar Madeira e o Porto Santo como Ilhas Encantadas, com palavras que de algum modo não fossem reféns do tempo”. Segundo a autora, o objetivo foi captar o “ritmo das palavras” que transmitem “a alma daquilo que a gente é, ora doces, ora agressivos”.

A publicação tem a particularidade de conter QR Codes que ligam o leitor a conteúdos digitais, continuamente atualizados. “Cada tema incluído no livro tem ligado, assim, um repositório de informação num servidor”, sublinhou o secretário regional de Turismo, Ambiente e Cultura, Eduardo Jesus. “Eu posso manter este livro cinco anos comigo, e sempre que for ler o QR Code, tenha um texto mais atualizado do que da última vez que o li”.

Com uma tiragem de mil exemplares por idioma – português, inglês, francês e alemão -, ‘Encantadas’ está disponível gratuitamente pela mão da Associação de Promoção da Madeira. Para além da versão física, é possível aceder aos conteúdos em formato digital, o que permite que o livro “seja lido em qualquer suporte tecnológico, no telemóvel, no iPad”, acrescentou o governante, que explicou ainda que este método “permite que a leitura se faça em momentos diferentes, por ocasiões que são também diversas, e utilizando meios diferentes”.

Graça Alves destacou ainda o valor visual da obra, reconhecendo que esta “tem fotografias belíssimas, que mostram exatamente aquilo que nós somos”. Para além disso, reforçou que o livro convida a “revisitar a ilha” de uma forma que “pode ir mais além” para outro nível de leitura”. “Pode de alguma forma saber tudo aquilo que a gente tem, mas também muito daquilo que nós somos”.

Para Eduardo Jesus, esta publicação representa uma mudança no paradigma dos livros sobre destinos turísticos. “Quisemos que o livro fosse uma mudança no paradigma do que são os livros dos destinos, trazendo esta componente tecnológica, que vem permitir ler mais do que ali está, ou atualizar-se através do mesmo livro”. “É um convite a um conhecimento mais abrangente sobre a Madeira, com conteúdo cultural qualificado, e que, sem dúvida alguma, é mais um elemento de comunicação”, concluiu.

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