O PAN Madeira no âmbito da discussão do orçamento regional 2025 que se inicia hoje na ALRAM, manifestou hoje a “falta de estratégia política” por parte da coligação PSD-CDS, “evidente neste documento que foi analisado pela estrutura regional”.
“Não se pode culpar os partidos políticos pela instabilidade política causada por um processo judicial de corrupção por mais de metade dos elementos do governo, falar em medidas estruturais que ficaram em atraso, e depois apresentar um orçamento de mera continuidade, sem propostas inovadoras e diferenciadoras, à excepção daquelas que já tinham sido propostas quer pelo PAN quer por outras forças políticas.”, refere a porta-voz regional da estrutura, Mónica Freitas
A estrutura regional aponta falhas no âmbito da aposta na agricultura, nomeadamente a biológica, a causa animal que fica inexistente neste documento e ainda no que diz respeito a medidas de âmbito social, sendo que a Secretaria que tem sobre a sua alçada o social, a juventude e o trabalho apenas representa 5% das despesas deste orçamento.
“No que diz respeito ao desagravamento fiscal são medidas de continuidade e promessas feitas desde 2023, sobre pressão de outros partidos políticos. O Ferry, o subsídio de insularidade para os privados e o salário-base para jovens licenciados continuam a ser propostas de análise e consolidação com os organismos correspondentes. Aos docentes atribuíram-se migalhas, mitigando a problemática da vinculação mas não resolvendo efetivamente o problema e garantindo estabilidade.”
Este documento que em parte se auto-intitula “Pacto de Esperança”, “apenas poderá a dar aos mesmos de sempre, pois os jovens continuaram com os mesmos problemas ao nível do emprego e do acesso à habitação”, indica o partido.
“Em termos de habitação continuaremos a cometer os mesmos erros, construindo sem planeamento e sem propostas corajosas que apostem na autonomização. Manteremos as pessoas dependentes do Estado, a ter que expor constantemente as suas vidas e os rendimentos em prol de medidas que apenas são pensos-rápidos e não garantem qualidade de vida”, aponta ainda o PAN.
“O PAN destaca medidas realmente “verdes”, com marca do partido, como o Portal da Habitação, Complemento Regional para Vítimas de Violência Doméstica, o pagamento dos percursos pedestres, a revisão do estatuto de combatente, defendendo a criação de um complemento para os mesmos. A aposta na eficiência energética e nas artes tradicionais, o apoio ao desporto amador, o suplemento de penosidade e de risco aos guardas florestais, as alterações ao SIADAP e a melhoria do modelo remuneratório dos bombeiros, permitindo a valorização dos mesmos”, remata.