Ação do MP e respostas aos seus pedidos devem ser céleres

A líder da Iniciativa Liberal (IL) defendeu hoje que o Ministério Público (MP) e a resposta aos seus pedidos devem ser céleres, escusando comentar as acusações do PSD quanto ao ‘timing’ dos pedidos referentes ao caso Spinumviva.

“Vamos aguardar, é importante que os processos, seja sobre quem for, sejam céleres para que as pessoas também possam resolver as suas vidas e é isso que interessa neste momento”, afirmou Mariana Leitão, comentando as críticas feitas pelo primeiro-ministro e pelo seu gabinete ao momento de campanha eleitoral em que o MP fez pedidos sobre o processo Spinumviva.

“Em relação a essa matéria, o Ministério Público está a fazer o seu trabalho e eu sinceramente não tenho considerações a fazer sobre isso”, começou por dizer Mariana Leitão, durante uma ação de pré-campanha em Gondomar.

Contudo, “se a documentação foi solicitada pelo Ministério Público, é óbvio que deve ser entregue o mais depressa possível, exatamente também como forma de garantir essa celeridade”, acrescentou a líder liberal.

O primeiro-ministro Luís Montenegro negou hoje ter qualquer responsabilidade na demora no processo de averiguação preventiva aos negócios da empresa familiar Spinumviva, reafirmando estar muito tranquilo.

No final de uma visita ao Mercado Municipal de São João da Madeira, o chefe do Governo foi confrontado com uma notícia do jornal Público sobre uma insinuação por parte do seu gabinete relativamente à alegada existência de motivações políticas das autoridades que investigam o caso da Spinumviva, o que foi negado pelo próprio.

“O meu gabinete disse ao jornal Público que eu recebi dois pedidos de esclarecimento, um durante a campanha eleitoral legislativa e outro agora nas vésperas das eleições autárquicas. Isso é um facto, não é insinuação nenhuma, é um facto”, afirmou.

Na sua edição de hoje, o Público refere que o primeiro-ministro associa, numa resposta oficial do seu gabinete, a data dos pedidos de documentação feitos no âmbito da averiguação preventiva ao caso da Spinumviva a duas campanhas eleitorais, insinuando que houve motivações políticas nos ‘timings’ escolhidos pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Judiciária.

No dia 19 de setembro, o primeiro-ministro disse que o pedido do MP de mais documentos sobre a Spinumviva não era nada de mais e que iria enviá-los “o mais rápido possível”.

O primeiro-ministro recusou, contudo, especificar quais os documentos que lhe foram solicitados.

O MP pediu mais documentação ao primeiro-ministro para poder finalizar a averiguação preventiva sobre os negócios da sua empresa familiar Spinumviva, disse o Procurador-geral da República (PGR).

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