O JPP “lamenta profundamente” a decisão da Assembleia da República de chumbar a proposta que reconhecia o bombeiro como “uma profissão de risco e de desgaste rápido”.
“No meio da confusão de cálculos partidários e jogos estratégicos, o JPP manteve-se fiel aos seus princípios, votando favoravelmente a proposta por entender que quem enfrenta o fogo e o perigo deve ter o reconhecimento e a proteção do Estado”, declarou o deputado único do JPP.
Filipe Sousa prosseguiu: “Não podemos continuar a tratar os nossos bombeiros como heróis apenas na hora da tragédia e depois esquecê-los quando se discute a sua dignidade e direitos”, referiu, acrescentando que “o voto do JPP foi claro e consciente, os bombeiros merecem mais do que palavras bonitas, merecem justiça e reconhecimento efetivo.”
PSD, IL e CDS-PP votaram contra e o PS absteve-se, adiando a solução para “um problema urgente”. O JPP votou a favor em “coerência com a palavra e o compromisso a todo o tempo com os bombeiros, repugnando a política sem coragem e do faz-de-conta”.
Embora tenham sido aprovadas algumas medidas pontuais, como pequenas ajudas financeiras e recomendações ao Governo, Filipe Sousa diz que “estas não resolvem o problema de fundo”.
“Não basta oferecer esmolas legislativa, enquanto se nega o estatuto que reconhece o desgaste físico e psicológico que esta profissão impõe”, realçou. “Cada bombeiro que enfrenta chamas, acidentes e catástrofes carrega no corpo e na mente o peso de uma missão que exige mais do que simbolismo, exige respeito, dignidade e proteção real”, adita.
Filipe Sousa é direto: “O Parlamento falhou. Mas o JPP continuará a lutar para que esta injustiça seja corrigida. A Madeira, os Açores e todo o país merecem bombeiros motivados, respeitados e protegidos. Não desistiremos.”